29 Março 2024, Sexta-feira
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Largo do Descarregador alvo de intervenção em Alhos Vedros

Devido à pandemia COVID-19, município da Moita ainda não avança com data para início e conclusão dos trabalhos no terreno

 

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A intervenção que o município da Moita pretende realizar no Largo do Descarregador, situado na freguesia de Alhos Vedros, para devolver aquela zona do concelho à população, está agora dependente da actual situação de Estado de Emergência que se vive a nível nacional devido à pandemia COVID-19. A obra tem um prazo contratual de seis meses para a sua execução, todavia, contactada pelo jornal O SETUBALENSE, a autarquia revelou que ainda “não é possível apontar uma data para o seu início e conclusão”.

Os trabalhos previstos têm por objectivo “devolver o espaço às pessoas e trazê-las ao rio”, para desta forma “religá-las à paisagem ribeirinha, permitindo que ali permaneçam” e que assim usufruam de uma área privilegiada, rodeada de edifícios com grande importância histórica. De acordo com o projecto a desenvolver, a circulação e acesso dos reboques das embarcações até ao guincho foram redesenhados, assim como “o estacionamento de viaturas ligeiras, tendo sido dada especial atenção à circulação pedonal e à permanência das pessoas”, acrescenta a câmara municipal.

O espaço, destaca a autarquia, será “tratado como um todo, sendo o pavimento revestido a calçada portuguesa, cujo desenho remete para as antigas cartas de navegação, onde a rosa-dos-ventos se une por linhas orientadoras a outros pontos de referência”. A requalificação paisagística do Largo, situado junto ao Moinho de Maré e ao Cais de Alhos Vedros, prevê “um investimento de 380 mil euros” que permitirá a melhoria da imagem urbana daquela freguesia do concelho moitense, tornando a mesma mais atractiva para actividades lúdicas e culturais em contacto com o Tejo.

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“Existiu o cuidado de conservar as árvores antigas de grande porte ali existentes, criando corredores verdes que direcionam a vista para o rio”, sublinha o município presidido pelo autarca Rui Garcia. Esta ligação “tem sido, aliás, central nas políticas autárquicas do nosso município”, acrescenta a edilidade, que recorda a candidatura que foi desenvolvida a património da UNESCO, designada por “Moita, património do Tejo”. Por outro lado, a câmara local destaca o apoio “que há muito vem sendo dado ao Movimento Associativo que, num profícuo trabalho, promove e desenvolve actividades no rio e nas suas margens”.

Aprofundar relação com Associação “Amigos do Mar”

No Largo do Descarregador há muito que se verifica uma colaboração com a Associação de Desportos Náuticos Alhosvedrense “Amigos do Mar”, sediada naquela área e que a obra irá dentro de pouco tempo “possibilitar aprofundar”. O município revelou que pretende tornar o espaço numa “verdadeira sala de visitas de Alhos Vedros”, não apenas por criar uma área aprazível, mas também por se conjugar com a intervenção que está a ser realizada de recuperação e refuncionalização do antigo Palacete dos Condes de Sampayo, combinando assim duas operações que vão resultar num projecto “que queremos que fique extraordinariamente bonito”, conforme referiu Daniel Figueiredo, vice-presidente em exercício, no decorrer da última sessão pública descentralizada que teve lugar na mesma freguesia.

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Recorde-se que o Cais do Descarregador é um marco histórico para quem se interessa pelas actividades tradicionais ligadas ao rio. Durante o século XVIII, o antigo cais foi testemunha do movimento de barcos no Tejo, que transportavam produtos agrícolas e passageiros entre Lisboa e a margem sul, sendo ainda um espaço “que assinala a decisão da ida para Ceuta”.

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