A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) pretende avançar com a construção das extensões de saúde de Melides (Grândola) e de Vila Nova de Milfontes (Odemira) para “assegurar melhores condições de saúde” na região.
“Temos a possibilidade de fazer uma candidatura ao programa comunitário Alentejo 2020 para os cuidados de saúde primários e incluímos estas duas extensões com o intuito de melhorar as suas instalações”, explicou hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administração da ULSLA, Luís Matias.
O acordo já assinado entre a ULSLA, a Junta de Freguesia de Melides e o município de Grândola, no distrito de Setúbal, inclui “a promessa de cedência do terreno, por um período de 50 anos, e a transformação da atual edificação na futura extensão de saúde”, referiu o mesmo responsável.
De acordo com o município de Grândola, o investimento na nova extensão de saúde de Melides “reveste-se de grande prioridade, já que as atuais instalações apresentam diversas limitações, não assegurando as condições necessárias para a prática de cuidados de saúde à população abrangida”.
A ULSLA prevê investir cerca de 200 mil euros na extensão de saúde de Melides e entre 800 mil e um milhão de euros na extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira, distrito de Beja.
Para avançar com a candidatura a fundos comunitários até ao final deste mês, o organismo “necessita de ter posse dos terrenos para que a candidatura seja elegível”.
Em Melides, o espaço para o novo equipamento é cedido pela junta de freguesia, ficando o município de Grândola encarregue da execução dos projetos de adaptação da atual construção para a nova extensão de saúde e a ULSLA responsável pela execução da obra e gestão do espaço após a sua conclusão.
“A Câmara de Grândola está a ultimar o projeto completo para as alterações que pretendemos fazer. Assim venha a candidatura favorável e com financiamento que rapidamente colocaremos Melides com uma nova extensão de saúde”, avançou o administrador.
O projeto da futura extensão de saúde, que atualmente funciona nas instalações da Casa do Povo de Melides, contempla sala de espera para atendimentos, casas de banho para mobilidade reduzida, balneários, depósito de resíduos, uma pequena farmácia, sala de tratamentos e três gabinetes médicos.
“A população destas áreas tem tendência a crescer e, durante uns anos, penso que estas instalações irão solucionar o problema com razoabilidade”, sublinhou Luís Matias.
Em Melides, adiantou, “a população residente é de cerca de mil pessoas, mas, no Verão, chega aos 10 mil habitantes” e, em Vila Nova de Milfontes, “a instalação é maior”, uma vez que está previsto que a freguesia “venha a ter muitos mais residentes” nos próximos anos.
No caso de Vila Nova de Milfontes, cujo acordo de cedência de terreno será assinado até à próxima semana, a candidatura prevê a construção de raiz do edifício da futura extensão de saúde.
O presidente do conselho de administração da ULSLA prevê que, caso a candidatura seja aprovada, os dois investimentos poderão estar concluídos em 2022.