António Figueira Mendes reconheceu que as dez praias classificadas com Bandeira Azul naquele território “são insuficientes” para “a procura actual”
O presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, voltou a defender junto do Governo a necessidade urgente de serem criadas novas zonas balneares com acessos e estacionamento naquela faixa costeira.
“Preocupa-nos a afluência que têm as nossas praias e a falta de resposta [para a] abertura de novas praias”, disse o autarca que reclama, desde 2022, a criação de pelo menos duas novas zonas balneares naquele concelho do litoral alentejano.
De acordo com o município, em comunicado, a reivindicação foi transmitida à ministra do Ambiente, Graça de Carvalho, esta segunda-feira, durante uma visita à praia de Melides para assinalar a época balnear.
“A autorização para criação de mais praias e mais acessos/estacionamentos é fundamental e [a autarquia] não irá desistir de reivindicar junto das autoridades competentes, nomeadamente a APA [Agência Portuguesa do Ambiente], organismo tutelado pelo Ministério do Ambiente”, lê-se na mesma nota.
Em declarações à agência Lusa, Figueira Mendes reconheceu que as dez praias classificadas com Bandeira Azul naquele território “são insuficientes” para “a procura actual”, principalmente, durante a época balnear.
Por isso, a autarquia pretende que “seja criada mais uma ou duas praias e, sobretudo, que sejam elevadas as classificações de duas ou três delas para poderem ter apoios de praia com condições de resposta e segurança para quem frequenta” essas zonas balneares.
“Colocámos essa questão à ministra [do Ambiente] e creio que ela e o secretário de Estado ficaram sensíveis a essa questão e que vamos ter alguma resposta” nesse sentido, sustentou.
Segundo o autarca, “as praias das Dunas e da Torre estão classificadas com nível 5 e o que se pretende, porque têm grandes empreendimentos ligados, é que passem para o nível 3 para poderem ter apoios de praia completos”.
Por outro lado, acrescentou, o areal e as dunas, entre a praia da Comporta e Tróia, “são atravessados durante os meses de Julho e Agosto por toda a gente, com carros junto à estrada, quando era preferível criar mais uma praia e acessos com passadiços que protegessem as dunas”.
“Temos também dois projectos referentes a dois parques de estacionamento nas praias da Galé e da Aberta Nova que iremos submeter e que são também necessidades urgentes para responder à procura de novas praias”, especificou.
Citado no mesmo comunicado, Figueira Mendes frisou que “o foco da autarquia continua a ser o desenvolvimento do concelho de forma equilibrada e harmoniosa, sempre em prol da melhoria da qualidade de vida da população”.
“Neste sentido, e sem prejuízo do desenvolvimento económico associado a estes projectos turísticos, a autarquia considera que há limites que não devem ser ultrapassados, de forma a não se comprometer a sustentabilidade do território”, afirmou.