Grândola toma medidas para travar projeto da Mina da Lagoa Salgada

Grândola toma medidas para travar projeto da Mina da Lagoa Salgada

Grândola toma medidas para travar projeto da Mina da Lagoa Salgada

Atual executivo diz que gestão anterior da câmara cometeu um enorme erro ao não apresentar o parecer sobre interesse nacional do projeto

O presidente da Câmara Municipal de Grândola, Luís Vital Alexandre, eleito pelo PS, quer que o projeto de exploração mineira da Lagoa Salgada seja reavaliado, e já manifestou não estar de acordo com o mesmo. Trata-se de um projeto que abrange os concelhos de Grândola e de Alcácer do Sal que obteve, em 2022, o estatuto de projeto de potencial interesse nacional (PIN) e está em fase de licenciamento público.

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Em questão está o investimento de 196 milhões de euros, promovido pela empresa Redcorp – Empreendimentos Mineiros, para exploração de cobre e outros metais nos dois concelhos.

Em julho deste ano, após emitir uma decisão de Declaração de Impacte Ambiental desfavorável, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse que o promotor tinha seis meses para reformular o projeto e submetê-lo a novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), cujo período de consulta pública está a decorrer até dia 27 deste mês.

Para o executivo liderado por Luís Vital Alexandre, a atribuição PIN só foi possível porque a Câmara de Grândola, no mandato anterior, liderado pela CDU, “escolheu não se pronunciar sobre a matéria e não entregou um parecer à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – AICEP, entidade que gere os projetos de interesse nacional”.  

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Entende o atual presidente deste município do Litoral Alentejano, que “é necessário corrigir o enorme erro que o executivo anterior cometeu ao não apresentar o parecer que lhe foi solicitado sobre o reconhecimento do interesse nacional do projeto”. Neste sentido, o autarca reuniu com a AICEP Portugal Global, entidade responsável pelo estatuto PIN, e formalizou, por escrito, um pedido de reavaliação do reconhecimento do estatuto de PIN à Mina da Lagoa Salgada.

Sublinha Luís Vital Alexandre que a proposta de declaração ambiental desfavorável que precedeu a nova consulta pública sobre o projeto reformulado, “evidencia dados muito preocupantes”, pelo que “é urgente que o Governo e o Parlamento se possam envolver neste assunto, com frontalidade”.  Por este motivo, solicitou uma audiência com carácter de urgência à ministra do Ambiente e Energia e uma audiência ao presidente da Comissão Parlamentar de Ambiente e Energia.

O executivo municipal formalizou ainda o pedido de prorrogação do prazo de consulta pública e “está a trabalhar com os serviços da Câmara e o apoio de uma equipa especializada em estudos de impacte ambiental, e com experiência na área das minas, com o objetivo de emitir um parecer rigoroso e fundamentado que reflita as preocupações do município face ao projeto da Mina da Lagoa Salgada”, refere a Câmara de Grândola em nota de Imprensa.

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