O Cine Granadeiro vai ser palco de vários espectáculos musicais, debates e testemunhos históricos
Grândola vai receber o Observatório da Canção de Protesto (OCP) entre os dias 17 e 20, sendo este uma nova edição do Encontro da Canção de Protesto.
Com espectáculos musicais, exposições e documentários dedicados à temática do exílio, para além de colóquios, sessões testemunhais e de canto livre, vão estar presentes figuras relacionadas com os universos de José Mário Branco e com a canção de protesto.
O encontro tem início dia 17, às 21h00 no Cine Granadeiro com a inauguração da exposição organizada pelo OCP e idealizada para itinerância “Emigração, exílio e canção de protesto”, seguindo-se, às 21h30, o espectáculo de leituras encenadas da Associação Artística Andante.
No dia seguinte, às 21h30, Sérgio Godinho e os Assessores promovem no parque de feiras e exposições, uma viagem musical pela carreira do cantor, compositor, escritor, actor de teatro e cinema, com a recriação de algumas canções que marcaram os discos Os sobreviventes e Pré-Histórias.
No sábado, o Cine Granadeiro acolherá, entre as 10h00 e as 13h30, e depois às 15h00 e às 18h00, um conjunto de sessões testemunhais dedicadas aos universos de José Mário Branco.
Durante a noite de sábado, no mesmo espaço, às 21h30, decorrerá a apresentação do espectáculo inédito “Uma mão cheia de vozes na luta”, com a actuação de membros do Grupo de Acção Cultural.
O Encontro da Canção de Protesto de 2020 encerra domingo, no Cine Granadeiro, com o encontro-colóquio “Contra as ditaduras erguer a voz e cantar”, com a participação de alguns membros do Conselho Consultivo do Observatório da Canção de Protesto, e o convidado Alberto Carrillo Linares, a exibição do documentário Les Printemps de L’ Exil e a actuação do Coro da Casa da Achada.
A entrada em todas as iniciativas é gratuita mediante reserva antecipada de lugar através do número 269 448 030 e sujeita à lotação da sala.
O Observatório da Canção de Protesto é um organismo resultante da parceria entre o município de Grândola, entidade promotora, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, e Instituto de História Contemporânea.
Os seus objectivos são o estudo, a salvaguarda e a divulgação do património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI, através da realização de iniciativas culturais diversas.