De acordo com o presidente, este trabalho será feito “em conjunto com todos os representantes no município das diversas actividades” ligadas aos sectores do turismo, agricultura, ambiente, serviços, social, saúde e educação
A Câmara de Grândola iniciou um processo de auscultação dos “principais actores no território” com vista à construção de uma Estratégia Integrada de Desenvolvimento Sustentável (EIDS), cuja implementação terá “máxima prioridade”.
“Chegámos a um momento em que temos de olhar para o nosso concelho e pensar o que devemos perspectivar e o que é importante nos próximos 10 anos”, explicou à agência Lusa o presidente da Câmara de Grândola (CDU), António Figueira Mendes.
De acordo com o autarca, este trabalho será feito “em conjunto com todos os representantes no município das diversas actividades” ligadas aos sectores do turismo, agricultura, ambiente, serviços, social, saúde e educação.
“O diagnóstico está feito, sabemos a situação que temos neste momento [no território] e procuramos neste plano, em conjunto com a indústria, o turismo, a agricultura e as florestas, com o desenvolvimento social e com o ambiente, ouvir os ‘stakeholders’ dessas áreas para encontrar o caminho do equilíbrio entre todas estas actividades”, realçou.
Em comunicado, o município de Grândola, referiu que será dada “máxima prioridade” à implementação da EIDS – Grândola 2030, considerada “um instrumento indispensável” para o território.
O processo de construção da EIDS – Grândola 2030, aberto e participativo, sustenta-se no diagnóstico em torno de quatro grandes áreas temáticas: coesão e inclusão, inovação e competitividade, sustentabilidade e natureza, conectividade e proximidade, indicou o município.
Na primeira reunião, realizada na passada quarta-feira, com as principais entidades ligadas ao sector agrícola, foi abordada a temática da inovação e da competitividade.
Com esta estratégia, o executivo liderado por Figueira Mendes disse esperar identificar “as ameaças e as oportunidades” que possam “conduzir a um desenvolvimento integrado e sustentável” do concelho.
“Continuamos a ter uma base do sector primário, a floresta, a pastorícia e a pecuária, muito significativa e que queremos preservar”, frisou o autarca, colocando também na equação os sectores da “indústria, do turismo e os serviços”.
Outra das preocupações é a falta de respostas nas áreas da habitação, emprego e formação profissional face “aos postos de trabalho que estão a ser criados” no concelho de Grândola.
“Iremos fazer tudo para ter uma resposta ao nível do ensino intermédio ou superior que responda aos postos de trabalho que estão a ser criados, mas, para isso, precisamos de ter uma resposta ao nível da habitação”, acrescentou.
O autarca defendeu que é necessário “regular o mercado” da habitação, admitindo parcerias com cooperativas de habitação e o desenvolvimento de “projectos de habitação a custos controlados” para “impor um travão à especulação imobiliária” no concelho.
HYN