Autarca manifestou ainda pretensão de ter o SAP a funcionar 24 horas
O reforço de médicos no concelho e o funcionamento do SAP 24 horas em Grândola, foram temas apresentados pelo presidente da Câmara, António Figueira Mendes, ao presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Paulo Espiga. Numa reunião realizada na quinta-feira passada, o autarca, que se fez acompanhar pela vereadora responsável pelo pelouro da Saúde, Carina Batista, debateu ainda a necessidade de construção de um novo equipamento em Melides.
Os autarcas informaram Paulo Espiga e Miguel Rodrigues, vogal executivo da administração ULSLA, que a Câmara Municipal está disposta a ceder um terreno que permita a construção do novo equipamento em Melides.
Na mesma reunião, foi ainda transmitido aos responsáveis da administração da ULSLA a disponibilidade de a autarquia continuar a colaborar com esta entidade para o reforço dos médicos no concelho, através do pagamento das rendas das habitações dos dois novos médicos cubanos que iniciaram funções recentemente. “Este reforço da equipa médica permitirá melhorar os serviços no Centro de Saúde de Grândola e assegurar o funcionamento das extensões de Azinheira dos Barros, Lousal e Canal Caveira”, explica a autarquia, em nota de Imprensa enviada ao DIÁRIO DA REGIÃO. Além disso, foi reiterada “a importância do funcionamento do SAP 24 horas em Grândola”, acrescenta a edilidade na mesma nota.
Actualização de lista de utentes
Recorde-se que, além de Grândola ter recebido mais dois novos clínicos, também Sines foi reforçado com mais um e Alcácer do Sal com mais três. Odemira recebeu dois outros médicos em substituição de outros tantos clínicos cubanos que saíram.
De resto, ainda antes da reunião mantida com os autarcas de Grândola, Paulo Espiga já havia revelado que a contratação, em regime de prestação de serviços, de o total de oito profissionais para o litoral alentejano permitirá reduzir a lista de utentes sem médico de família de “26 mil pessoas” para cerca de “sete a oito mil”.
“Em Alcácer do Sal, actualmente, não haverá utentes sem médico, em Grândola também não, penso que ficaremos só com alguns utentes sem médico e ainda assim estamos a tentar contratar mais médicos na mesma condição”, frisou o presidente do Conselho de Administração da ULSLA, adiantando que este número tão baixo “nunca aconteceu, nem nos melhores tempos” no litoral alentejano.
A decorrer encontra-se o processo de actualização da lista de utentes, sendo que, dos cerca de 97 mil utentes registados nos cinco centros de saúde da sub-região, 26 mil (cerca de 25%) não tinham médico de família. “Precisamos de ajustar as listas, há pessoas que saíram de cá, que emigraram ou que faleceram e as listas não foram actualizadas. A minha expectativa é que no final de Outubro tenhamos as listas já definidas para atribuir médico a quem não tem, ficando assim entre sete a oito mil utentes sem médico”, assegurou.
Apesar do reforço da equipa médica, fica ainda a faltar mais “um ou dois médicos” em Santiago do Cacém e também em Odemira, situação que o responsável da ULSLA espera resolver com a contratação, no mesmo regime, de mais profissionais.
Ao todo, os centros de saúde de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, integrados na ULSLA, contam com “cerca de 40 médicos”.