Câmara de Grândola anula concurso para Casa da Juventude com críticas da CDU

Câmara de Grândola anula concurso para Casa da Juventude com críticas da CDU

Câmara de Grândola anula concurso para Casa da Juventude com críticas da CDU

Executivo socialista afiançou que decisão “não significa” abandonar projeto, aludindo para os “desafios enormes” que município enfrenta

A Câmara de Grândola (PS) anulou o concurso para requalificar o antigo edifício da cooperativa local para instalação da Casa da Juventude, aprovado pela anterior liderança da CDU, que acusa os socialistas de desconhecerem os constrangimentos dos jovens.

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A proposta referente ao procedimento concursal para a reabilitação do edifício da antiga COOP, para onde estava projetada a Casa da Juventude, foi revogada por maioria – com os votos favoráveis do PS, contra dos eleitos da CDU (coligação PCP/PEV) e a abstenção da AD (Aliança Democrática, coligação PSD e CDS-PP) – na quinta-feira, durante a reunião do executivo municipal.

A decisão já foi criticada pela CDU, que, num comunicado publicado na rede social Facebook, questionou a opção política do PS de chumbar um projeto cuja obra contava “com fundos europeus aprovados” e um “investimento municipal de apenas 350 mil euros, repartidos por três anos”.

A coligação de esquerda alegou que “não houve discussão com os serviços municipais envolvidos” e recordou que “há três meses o atual presidente e a atual vereadora do PS votaram favoravelmente a abertura deste concurso”.

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No entender da CDU, “o novo executivo não conhece a realidade nem os constrangimentos existentes nas áreas da juventude, cultura e movimento associativo que ficariam resolvidos” com a construção deste equipamento, num valor estimado de 2,1 milhões de euros.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Grândola, o socialista Luís Vital Alexandre, afiançou que a decisão de não adjudicar o projeto “não significa” que seja abandonado, aludindo para os “desafios enormes” que o município enfrenta, nomeadamente no parque escolar e na habitação.

“Isto não significa que vamos abandonar o projeto [e], para que fique claro, não estamos a abandonar ninguém. Estamos perante desafios enormes. O anterior presidente da câmara disse que os serviços municipais não são elásticos e é bom que os eleitos atuais, dos quais um fazia parte do executivo anterior, não tenham posturas diferentes só porque estão ou não no poder”, afirmou.

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Segundo o autarca, a decisão prende-se com a realização de obras de reabilitação da Escola Secundária António Inácio da Cruz e da Escola 2/3 D. Jorge de Lencastre, classificadas como prioridade 2, e com prazos para apresentação dos projetos de arquitetura até final de junho de 2026, num valor superior a 30 milhões de euros.

“Temos de ter estes projetos prontos porque o aviso encerra a 30 de junho e, até lá, temos de dar todos os passos necessários para submeter a candidatura”, justificou.

Além disso, acrescentou, tendo a habitação como “uma prioridade” no programa eleitoral, a nova liderança socialista mantém “essa aposta”, visando fixar população jovem neste concelho alentejano do distrito de Setúbal.

“Se não tivermos casas para os jovens continuarem a viver no concelho, eles vão-se embora e, portanto, temos de ter a noção de que primeiro temos de apostar na fixação dos jovens e depois apostar nas infraestruturas”, defendeu.

Ainda segundo a CDU, no mesmo comunicado, o PS não tem uma proposta alternativa para o edifício da COOP e para um novo espaço da juventude, movimento associativo, criação artística e jovens empreendedores.

À Lusa, o autarca assumiu que “vai reavaliar” o projeto “com a participação de todas as forças políticas e decidir em conjunto se aquela é a melhor opção”, assim como a sua localização.

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