Dezanove mil voltou a ser o registo de visitantes no certame. A diferença esteve nas vendas que aumentaram nesta edição
O balanço do 28.o Festival Queijo Pão e Vinho de Quinta do Anjo volta a ser muito positivo. Feitas as contas, o evento igualou o máximo de visitantes registado em 2023, mas bateu o recorde de vendas entre os expositores.
A forma como decorreram os três dias com muitos sabores no Museu do Ovelheiro em S. Gonçalo, Cabanas, deixou Francisco Macheta, da Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra
da Arrábida (ARCOLSA), entidade organizadora, muito satisfeito.
Em declarações a O SETUBALENSE diz estar “supersatisfeito com a afluência brutal” que o festival registou ao longo dos três dias. “Tivemos o recinto cheio todos os dias, algo que nos deixa muito
orgulhosos por todo o trabalho que fizemos na preparação para a edição deste ano”.
Francisco Macheta frisa ainda as reacções positivas de todos os expositores, pois, revela, “todos venderam mais do que em de edições passadas”. “Esta também é uma situação que nos deixa satisfeitos, pois o sucesso deles é o nosso sucesso”.
Para 2024 havia muita expectativa em relação aos novos espaços introduzidos pela organização. Desde logo o espaço infantil. Para o responsável da ARCOLSA, o resultado final não podia ser melhor. “Superou largamente aquilo que esperávamos. Este novo espaço permitiu que os pais pudessem desfrutar do festival com total tranquilidade. Ouvimos mesmo as crianças a pedirem aos pais para voltarem ao festival. Penso
que abrimos aqui um novo nicho de visitantes, pois percebemos agora que muitos pais não vinham porque entendiam que um festival onde o queijo o pão e o vinho são ‘reis’ as crianças não tinham lugar. Estamos certos de que, para o ano, teremos aqui um ambiente ainda mais familiar do que aquele que conseguimos criar este ano, com famílias a passarem quase todo o dia no recinto do festival porque a oferta era global”.
Outra das novidades do festival foi a abertura de dois restaurantes de comida vegetariana. Uma ideia que veio diversificar ainda mais a escolha gastronómica e que acabou por ter um impacto superior ao perspectivado, disse Francisco Macheta. “Também aqui, penso que abrimos a porta a um novo nicho de visitantes. As pessoas que optam pela comida vegetariana estavam limitadas em relação à oferta e por isso, ou não vinham ou então ficavam pouco tempo no recinto. Agora, podendo fazer a sua refeição,
muitas passam mais horas aqui e isso também contribuiu para que as vendas aumentassem”. Um “primeiro passo”, a exemplo da criação do espaço infantil, que acredita que terá “grande impacto no futuro” do certame.
Ao longo dos três dias, os cerca de 19 mil visitantes tiveram à sua disposição, para além da exposição e venda de produtos, um programa de animação composto por actividades equestres, demonstrações de tosquia e de ordenha manual, corridas de ovelhas, oficina de produção de queijo, gastronomia regional e vegetariana, showcooking, espectáculos musicais. Nos pavilhões, no total, estiveram 39 expositores com produtos regionais, o pão, o queijo, os vinhos, a doçaria regional, o mel e as frutas.