Das obras previstas destacam-se o interface de transportes e o parque ribeirinho nascente, além da finalização do Museu Municipal Pedro Nunes
A Câmara Municipal de Alcácer do Sal aprovou, na última reunião pública do executivo, o Orçamento Municipal (OM) para 2018, no valor total de 25,6 milhões de euros, e as Grandes Opções do Plano (GOP). Os documentos foram aprovados pela maioria CDU com os vereadores do PS a votarem contra.
Segundo os eleitos da CDU, a promoção económica e o turismo são as principais áreas de investimento previstas no Orçamento Municipal, com um terço da verba destinada a investimento, 25% destina-se à área do ambiente, 14% à modernização municipal e quase 10% será afectado a investimentos em educação, saúde e áreas sociais.
Segundo Vítor Proença, presidente da Câmara Municipal, o orçamento para o próximo ano “mantém a linha de rumo iniciada em 2013 pela maioria CDU no órgão executivo porque define, de forma clara e realista, as orientações políticas fundamentais para a estratégia de desenvolvimento local num novo ciclo autárquico que se inicia”.
O autarca destaca para 2018 “a beneficiação do tecido económico que tem um peso nos documentos previsionais de 31,2%”, realçando as obras “do interface de transportes e o parque ribeirinho nascente”, investimentos há muito desejados pela população “apresentados única e exclusivamente pela actual maioria municipal”. Outra obra que o autarca salienta é a finalização da empreitada do Museu Municipal Pedro Nunes, que vai ser inaugurado no segundo semestre de 2018 e que “virá dar uma nova dinâmica à cidade”.
Os três vereadores do PS votaram contra, considerando que o Orçamento Municipal está “empolado” e que representa “navegação à vista” na governação do município.
“Houve uma redução do total [relativamente ao orçamento anterior] mas continua acima do valor real do município”, disse Gabriel Geraldo, pelo PS, acrescentando que a “despesa corrente ultrapassa os 50% e o investimento ronda os 10%”.
“Este orçamento não deixa ninguém de fora”
Em nota emitida pela autarquia, o presidente defende que este é um orçamento que “não deixa ninguém de fora, abrange todas as franjas da população e todos os lugares do concelho”. Ao mesmo tempo, Vítor Proença destaca o valor da taxa de IMI que se vai manter no valor mínimo de 0,3% (o único no distrito de Setúbal) e que “coloca em primeiro lugar os mais desfavorecidos com o apoio à educação, apoios sociais, transportes escolares, alimentação e material escolar”.
O autarca reforçou ainda que o Orçamento Municipal para 2018 manterá “um forte apoio ao movimento associativo, às forças vivas do concelho, às duas associações de Bombeiros, filarmónicas, associações desportivas culturais e outras”.
O edil sublinha também que o orçamento “repõe os direitos dos trabalhadores, particularmente o reposicionamento das condições remuneratórias” ao colocar os funcionários como “o bem mais precioso” de uma organização autárquica.