Autarquia barreirense tem previstas duas visitações ao longo de Outubro
O Museu do Fuzileiro, situado no concelho do Barreiro, abre as suas portas aos visitantes no próximo dia 9, pelas 13h15, voltando a receber os interessados em conhecerem o espaço a 23 de Outubro, para duas visitas guiadas gratuitas a esta zona histórica do município. A autarquia local considera que esta será “uma oportunidade para conhecer” o espólio ali existente, que remonta ao século XV e de que são exemplo os fornos de el-Rey de Vale de Zebro, passando pelo período da Implantação da República, que finaliza com a mais recente história dos soldados de Infantaria.
As inscrições para participação nas visitas e outras informações, podem ser obtidas no Posto de Turismo desta cidade, situado na loja 10 do Terminal Rodo-Ferro-Fluvial ou, em alternativa, por contacto telefónico (212 068 287) ou via endereço electrónico, através do e-mail postodeturismo@cm-barreiro.pt.
As visitas, alerta o município, podem também “sofrer alterações” devido a motivos operacionais. Recorde-se que a sala deste museu remonta ao reinado de D. Afonso V, pelo complexo de fornos de biscoito, armazéns de trigo, cais de embarque e pelo moinho de maré ali situado, contando com um “acervo de artefactos, armamento, obras de arte militar” e heráldica, relativa à história dos Fuzileiros.
Organizados por ordem cronológica, os participantes podem ainda conhecer naquele espaço vários artefactos dos séculos XV e XVII, como o terço da Armada Real ou a Brigada Real da Marinha, datada do século XVIII. Neste museu encontram-se ainda referências aos Batalhões Expedicionários, datadas do século XIX e uma recriação dos Fuzileiros e da guerra do Ultramar, relativa ao século XX, além de novas instalações referentes ao período actual.
O espaço em causa recebeu em 2019 cerca de 140 visitas, num total de 12 mil visitantes de várias faixas etárias, com idades entre os cinco e os 80 anos. A visita à Sala-Museu do Fuzileiro, refira-se, está reservada a grupos com marcação prévia, sendo a sua realização “dependente da disponibilidade” do Comando daquela escola.
Além de visitarem a caldeira e o local onde se situou o moinho del Rei, considerado o maior moinho de maré da margem sul do Tejo, os participantes nestas visitações podem ainda conhecer o complexo do Real Almoxarifado dos fornos de Vale de Zebro, espaço onde se fazia a principal alimentação a bordo dos navios, nomeadamente, o famoso biscoito. A reconstrução do edifício, explica o município, remonta ao século XVII, a seguir ao terramoto de 1755 e é considerado “um exemplo do tipo de construção Pombalina”.