Vereador do PSD defende que o Barreiro precisa estar mais próximo do rio

Vereador do PSD defende que o Barreiro precisa estar mais próximo do rio

Vereador do PSD defende que o Barreiro precisa estar mais próximo do rio

Bruno Vitorino

Na 15ª Subida do Rio Coina antigos varinos levaram dezenas de barreirenses à bolina pela Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e da Mata da Machada

 

 

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Na 15ª Subida do Rio Coina, o vereador Bruno Vitorino, responsável pelo pelouro da Sustentabilidade Ambiental na Câmara Municipal do Barreiro, defendeu que os barreirenses precisam de estar mais próximos das zonas ribeirinhas do seu concelho, para conhecerem o seu potencial e riqueza ambiental e o que diferencia o Barreiro de outros territórios.

 

A bordo do varino ‘Sou do Tejo’, o vereador do PSD, que todos os anos organiza esta iniciativa, referiu que o objectivo da já tradicional actividade é ser mais do que um passeio. “Passa por dar a conhecer aos barreirenses a sua cidade vista do rio”, afirma, referindo que “numa terra com cerca 80 mil habitantes, a maior parte vive de costas voltadas para o rio”.

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Bruno Vitorino destacou ainda as zonas ribeirinhas como a Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e da Mata da Machada, “locais de excelência que podem ser um factor diferenciador do concelho, numa logica de crescimento e aposta na vertente turística e valorização das zonas ribeirinhas”.

Uma via também com grande potencial para “criar emprego” a partir de “centros de estágio para a prática de remo ou canoagem”, refere Bruno Vitorino sem esquecer de reforçar que “se aproveitássemos mais as nossas margens poderíamos ver menos ruínas e, quem sabe, um hotel, restauração”.

Mauro Hilário, biólogo do do CEA – Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina apresentou ainda aos cerca de 20 passageiros a bordo do ‘Sou do Tejo’ a biodiversidade que faz desta reserva um local único e de grande aposta de preservação, por parte da Câmara do Barreiro.

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“Esta é uma zona de fusão do Rio Coina e do Tejo com o oceano Atlântico, com grande biodiversidade. Gaivotas, corvos marinhos, garajaus, colhereiros, flamingos, cavalos marinhos, hoje uma espécie rara na zona”, são algumas das espécies que habitam a reserva. Muitas em risco devido à poluição.

Neste caso, Mauro Hilário referiu em particular a actividade dos mariscadores, que estão a colocar grande pressão sobre estes ecossistemas, “ao deixarem plástico e outro lixo potencialmente perigoso no rio”.

Lixo que coloca em risco a fauna, mas também a flora. Nesta última a sobrevivência de plantas halófitas, “que ajudam a filtrar a água eliminando metais pesados”.

 

História dos ‘grandes’ do Tejo

 

A bordo do ‘Sou do Tejo’, o mestre da embarcação, João Martins, revelou a história deste varino que, em tempos, andou à bolina pelos dois rios: Coina e Tejo.

Junto com o bote-fragata ‘Sejas Feliz’, que também participou na 15ª Subida do Rio Coina, o ‘Sou do Tejo’ transportava carga diversa “entre as duas margens e fazia a ligação com os navios parados no meio do rio”.

Apesar da primeira referência oficial ao ‘Sou do Tejo’ recolhida até hoje, datar de 1948, João Martins revela que “quando foram realizadas recuperações na embarcação identificaram-se técnicas utilizadas no final do século XIX”. E com esta pista, o mestre considera provável que a origem do ‘Sou do Tejo’ seja mais longínqua do que dizem os registos.

Quanto ao ‘Sejas Feliz’, tem registo oficial de ter sido lançado à água, pela primeira vez, “no dia de Natal de 1947”, sendo um dos últimos barcos a ser construído na margem sul para o transporte de carga.

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