Documento-mestre será avaliado, em primeiro lugar, pela CCDR-LVT
O executivo da Câmara do Barreiro, liderado pelo presidente Frederico Rosa, promoveu na última semana, na sala de sessões do município, a primeira reunião consultiva do novo Plano Director Municipal (PDM), que será analisado futuramente pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), que dará início à sua revisão.
Em declarações a O SETUBALENSE, o vice-presidente da autarquia, Rui Braga, afirmou que a equipa vai agora “analisar, comentar e incorporar os comentários que sejam mais relevantes, para o colocar em consulta pública”.
“Numa visão muito optimista teremos um PDM ainda até Dezembro deste ano”, revelou o autarca barreirense, acrescentando que o documento actual data de 1994. Decorrido um mês, o mesmo voltará a este órgão, que irá transferi-lo para a Assembleia Municipal do Barreiro, à qual caberá o papel de o avalizar.
Segundo o mesmo vereador, o novo documento é “fundamental para a gestão da cidade e numa visão realista, no primeiro trimestre do ano que vem é suposto a Assembleia aprovar o novo PDM”, revelou.
A primeira reunião do conselho consultivo, informou, é o momento administrativo em que, formalmente, “a Câmara Municipal entrega o trabalho todo de revisão”, lembrando que a primeira sessão serviu “para que todas as entidades o pudessem comentar”.
A mesma voltará a reunir, caso necessário ou se forem detectadas algumas anomalias, colocando o mesmo de seguida em consulta pública.
O autarca assegurou que o documento em causa “vai cumprir a lei, de acordo com a gestão de ordenamento do território”. O centro da Baía do Tejo, exemplificou, será “um espaço que vai acolher comércio e indústria, mas acima de tudo, o que este PDM vai trazer é uma visão muito clara assente em quatro eixos”, enquanto factor de investimento e de monitorização constante, nomeadamente, nas áreas da mobilidade, qualidade de vida, cidade de oportunidades e cidade-móvel.
Dentro destes eixos, encontra-se o combate às alterações climáticas, a criação de mais postos de trabalho e o aumento dos índices de qualidade de vida.
“Serão estes eixos que o actual executivo se propõe desenvolver nos próximos quatro anos, trazendo de novo uma visão estratégica que o actual PDM não tinha”, afirmou Rui Braga. “Fomos mais específicos e definimos quatro eixos de investimento, sendo que, no que diz respeito às grandes obras que reivindicámos para o concelho, temos o caso da Terceira Travessia do Tejo, a travessia Barreiro-Seixal e concluirmos a travessia Barreiro-Montijo, assim como o Metro Sul do Tejo”, afirmou.
“Os traçados estão definidos no território, se a obra vai avançar ou não, no nosso PDM continuamos a defender essas infra-estruturas, como não podia deixar de ser”, acrescentou.
Após a reunião no município, a comissão em causa “vai ler, interpretar e comentar” o documento criado pelo actual executivo, seguindo-se o período de consulta pública, prevista para o último ou primeiro trimestre do próximo ano.