Modelo funciona em 69 serviços clínicos e armazéns do hospital
O Serviço de Aprovisionamento do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) viu mais uma vez renovada a sua certificação pelo sistema de “gestão e controlo de stocks e aquisição de bens e serviços”, através da norma ISO 9001:2015, que implementou o Projecto Integrado de Logística Hospitalar no ano de 2007, tendo recebido a sua primeira certificação em 2009. De acordo com o CHBM, o sistema “veio permitir uma maior eficiência na gestão de stocks e consumos” de todos os produtos consumidos nos serviços registados online por aquele centro hospitalar, através de um terminal móvel que “repõe a quantidade de material necessária nos serviços com base nos níveis acordados”.
Este modelo, recorde-se, está implementado em 69 serviços clínicos e armazéns periféricos do centro hospitalar, o que permite “reduzir os stocks existentes” também no armazém geral, evitando assim desperdícios para “rentabilizar os recursos humanos e materiais”, ao mesmo tempo que garante a existência de um inventário permanente dos materiais ali existentes.
O CHBM sublinha que esta área foi a primeira do Serviço Nacional de Saúde a obter esta certificação pelo referencial ISO e o segundo a “implementar o modelo logístico e-kanban”. Aquele equipamento foi também pioneiro na implementação do programa de custeio ao doente no Bloco Operatório, que é referenciado pelo Tribunal de Contas “como boa práctica”. Mais recentemente, o equipamento de saúde foi novamente reconhecido ao receber o “Prémio Mais Participativo”, atribuído pelos Serviços partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Renovação cresce “motivação das equipas”
Vanessa Paulino, directora do Serviço de Aprovisionamento, considera que esta renovação “simboliza sempre a altura do ano em que cresce a motivação da equipa, mas nesta fase que vivemos e no meio de uma pandemia que levou serviços desta natureza a serem chamados ao seu mais alto nível de empenho e diligência”, para que nada falte aos profissionais na primeira linha do atendimento aos doentes Covid-19, também aumenta a sua “responsabilidade”.
O prémio, acrescenta, “demonstra mais do que nunca” ser “merecido a um grupo de trabalhadores que viveu todos estes dias ao lado dos seus clientes internos”, nomeadamente, ouvindo-os chorar, gritar, reclamar, agradecer, ter receios e medos, num “misto de sentimentos que nunca antes tínhamos vivido juntos e tão intensamente”, destaca.