O serviço de Oncologia do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) renovou este mês a sua certificação pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), em conformidade com o Modelo de Acreditação da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucia (ACSA), adoptado pelo Ministério da Saúde, para se adaptar aos critérios definidos na Estratégia Nacional para a Qualidade em Saúde e por se tratar de “um modelo consolidado e reconhecido, concebido para um sistema público”.

De acordo com o CHBM, a “manutenção deste reconhecimento é importante, pois reafirma uma prestação de cuidados sustentada na competência profissional e na adesão às melhores práticas baseadas na evidência científica”, incluindo as de segurança dos doentes e dos profissionais, numa medida que melhora os processos assistenciais e a satisfação dos utentes e da eficácia da prática assistencial em oncologia, serviço deste estabelecimento que foi certificado em Outubro de 2016 com o nível bom.

Segundo o estabelecimento de saúde, mesmo com os constrangimentos criados pela pandemia, ao longo de 2021 foram realizadas 11 mil consultas e mais de cinco mil sessões de Hospital de Dia, tendo sido internados cerca de uma centena de doentes.

Medicina física e de reabilitação e urgência pediátrica beneficiadas

Entretanto, para melhorar a prestação de cuidados aos utentes e as condições de quem ali trabalha, foram iniciadas recentemente as obras de beneficiação no serviço de Medicina Física e de Reabilitação (MFR), que “passou a dividir parte do seu espaço com a Urgência Pediátrica”, para garantir circuitos separados, num investimento que rondou os 100 mil euros.

Os trabalhos, realizados de forma faseada, foram já iniciados, tendo sido reconvertido o espaço da antiga piscina, que se encontrava desactivada, em três gabinetes e um ginásio, tendo o secretariado com acesso ao exterior sido deslocado da sua anterior posição.

Graça Moreira, directora do serviço, considera que as vantagens da empreitada “materializam-se na melhoria das condições de trabalho para os profissionais e para os utentes, na melhoria do acesso a tratamentos, através do aumento da capacidade instalada”.

A unidade de saúde informa ainda que a segunda fase da obra no espaço ocupado pela Urgência Pediátrica, permitirá a manutenção dos circuitos de atendimento divididos, com prioridade para a separação física dos dois serviços e a instalação de uma parede divisória, para permitir alguma privacidade no atendimento médico e de enfermagem.

Por sua vez, Cristina Didelet, directora deste serviço, defende que a intervenção possibilitará “conseguir melhores condições […], maior privacidade, qualidade e segurança face às orientações ao controlo de doenças e à enorme afluência” a esta urgência.