Equipamento de saúde vai nascer junto à urbanização da Escavadeira
O presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, anunciou durante a reunião da Assembleia Municipal da última sexta-feira, realizada no pavilhão do Galitos Futebol Clube, que o projecto da Unidade de Saúde Familiar (USF) do Alto do Seixalinho, planeado para a zona junto à urbanização da Escavadeira, “está a decorrer e contamos no prazo de seis meses ter a obra” no terreno, revelou o autarca aos deputados.
A intervenção de Frederico Rosa aconteceu na noite seguinte à representante da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro (CUSP), Jéssica Pereira, ter participado na sessão anterior onde, durante o período reservado aos munícipes, questionou o mesmo sobre o processo de construção do Centro de Saúde para aquela freguesia. Na altura, a representante da comissão aproveitou para se dirigir aos presentes para obter mais informações “sobre as decisões que foram tomando e quais os passos que têm dado para as concretizar”. Nomeadamente, acerca “do que está a ser feito para defender os interesses dos utentes”, desde que foi iniciada, há dois meses, a cobrança do estacionamento no interior do Centro Hospitalar Barreiro Montijo.
Jéssica Pereira considera que esta é “uma situação contraditória”, tendo em conta que se trata de um “parque pago e nada barato” e apelou ao presidente que é necessário “reverter” a situação. Antes de concluir, Jéssica Pereira acrescentou ainda que, presentemente, são “mais de 22 mil utentes sem médico de família no concelho” e que é preciso “libertar o Centro de Saúde de Coina, passando o ADC – Covidário para uma zona mais central”, possibilitando que aquela USF fique disponível “para o atendimento dos utentes ali afectos”.
Recorde-se que a CUSP já havia se congratulado, através das redes sociais, pelo facto de existir um projecto para construir o equipamento de saúde no Alto do Seixalinho, após “uma luta de muito esforço que tem quase uma década”, desde o encerramento da unidade existente na Avenida do Bocage, em 2014.
Depois de um conjunto de reuniões e manifestações, para além de uma petição com 4200 assinaturas que foi levada à Assembleia da República e que defendia uma primeira localização para a nova USF, a comissão lembra que “no fim o importante é que os utentes” tenham “uma solução e acesso a cuidados de saúde primários”.