BE exige explicações da Câmara do Barreiro sobre negócios com a WLP

BE exige explicações da Câmara do Barreiro sobre negócios com a WLP

BE exige explicações da Câmara do Barreiro sobre negócios com a WLP

||D Manuel I

Partido acusa ainda os socialistas de investirem “em comunicação e marketing”, em vez de darem prioridade aos problemas do concelho

O BE exigiu esta segunda-feira explicações da Câmara Municipal do Barreiro sobre a adjudicação de diversos contratos à empresa Wonderlevel Partners (WLP) para serviços de consultoria de comunicação e assessoria de imprensa, no valor de 423 mil euros.

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“Enquanto a população do Barreiro precisa de investimento público, o Partido Socialista gasta centenas de milhares de euros em propaganda”, acusa o BE em nota de Imprensa, adiantando que já solicitou os referidos contratos num requerimento enviado ao presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, no distrito de Setúbal.

“O grupo municipal (do Barreiro) do Bloco de Esquerda, reconhecendo a relevância do tema em termos orçamentais e de debate público, já apresentou ao presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, André Pinotes, um requerimento a solicitar os contratos estabelecidos com a WLP, informações sobre quais as formas de consulta e o nome das demais empresas concorrentes, assim como o acesso aos contratos estabelecidos com outras empresas de comunicação e outras informações relevantes ao acompanhamento qualificado por parte dos eleitos”, lê-se na nota.

A tomada de posição do BE surge na sequência de uma investigação da estação de televisão SIC, segundo a qual a Câmara do Barreiro estabeleceu com a WLP o contrato mais caro atribuído até hoje por autarquias a agências de comunicação do país.

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“A autarquia barreirense tem particular relação com a empresa de comunicação Wonderlevel Partners (WLP), cujo CEO é Luís Bernardo, o general manager é António Galamba e a communication direction é Joana Réfega, todos com várias ligações ao Partido Socialista”, sublinha a nota.

O BE salienta ainda que “a WLP está neste momento a ser alvo de investigações da Polícia Judiciária sobre corrupção passiva e activa, prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poder” e que há suspeitas de que esteja envolvida “num esquema de cartelização e concertação de propostas para criar falsamente um cenário de concorrência e legalidade e garantir que a WLP ganhasse vários procedimentos concursais”.

“A Câmara Municipal e o dinheiro público dos barreirenses não pode estar a saque de um negócio de interesses. Milhares de euros entre empresas com suspeitas relevantes e com várias ligações partidárias num evidente caso de promiscuidade entre o público e o privado”, acrescenta o BE, que exige uma “clarificação por parte do executivo municipal do Partido Socialista”.

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Para o BE, “mesmo que reunidas todas as condições legais e procedimentais – cuja avaliação é da exclusiva responsabilidade das investigações em curso – não se compreende como é que a autarquia despeja milhares de euros em consultoria e assessoria de imprensa”.

Na nota, o Bloco de Esquerda acusa ainda os socialistas da Câmara do Barreiro de investirem “em comunicação e marketing”, em vez de darem prioridade aos problemas do concelho na habitação, nos transportes e nos serviços públicos.

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