Trio brasileiro Deafkids reúne um conjunto de momentos para o abstracto, com muito trabalho da “cartilha do rock cabeludo cheio de delay”
O trio brasileiro Deafkids está de volta ao Barreiro na noite desta quinta-feira, para uma actuação na ADAO – Associação Desenvolvimento de Artes e Ofícios, marcada para as 22 horas.
Depois de um concerto considerado “inesquecível” na edição de 2019 do festival OUT.FEST, o agrupamento está agora de regresso à cidade.
Cruzando vários aspectos do punk hardcore iniciático, declinações do metal e uma tribalização rítmica – considerada uma versão de hard’n’heavy psicadélico à Sepultura via Motörhead -, o grupo reúne um conjunto de momentos para o abstracto, com muito trabalho da “cartilha do rock cabeludo cheio de delay”.
No início de uma nova tour europeia, que promete “chapada de meia-noite envolta em luzes estroboscópicas, fumo intoxicante e ‘headbanging’ de torcicolo”, o agrupamento promete voltar a encantar nesta nova passagem pelo Barreiro.
No dia seguinte, aquele espaço acolhe ainda a actuação do trio Clementine, constituído por Shelley Barradas, Helena Fagundes e Chris Bernardes, considerada uma formação clássica de bateria-baixo-guitarra de pés bem firmes no ‘power’ transformativo da canção, como motor para “as necessárias convulsões interiores que permitem levar o quotidiano”.
Na bagagem, o agrupamento traz consigo “Motorhome” – o seu último disco -, com oito peças de apaixonada reverência garage psicadelizante, com lendas tutelares como as Bikini Kill ou Sleater-Kinney a pulsar forte, e um prometido novo trabalho que tem “o privilégio de espreitar pelos ouvidos”.
O mês inclui ainda as actuações de Cavernancia, dia 11, na Gasoline, bem como os chilenos Follakzoid e o catalão Anti S, que voltam a animar a ADAO a 25 de Junho.
