28 Junho 2024, Sexta-feira

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Sindicato dos Médicos exige reunião com Hospital Garcia de Orta para questionar sobre riscos do ciberataque

Sindicato dos Médicos exige reunião com Hospital Garcia de Orta para questionar sobre riscos do ciberataque

Sindicato dos Médicos exige reunião com Hospital Garcia de Orta para questionar sobre riscos do ciberataque

A direcção do SMZS diz que tanto médicos como utentes estão em risco, e fala mesmo na potenciação do erro médico   

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) vai reunir com os médicos do hospital Garcia de Orta, que serve directamente a população de Almada e Seixal, para averiguar se o ataque informático que ocorreu nesta unidade a 26 de Abril, “colocou em risco os cuidados de saúde aos utentes e a segurança dos médicos”, avança o sindicato em nota de Imprensa.

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Nesta reunião, ainda sem data marcada, o sindicato faz questão de apontar que existem “uma série de actos que são realizados manualmente, potenciando o erro médico e limitando o acesso a informação imprescindível para o atendimento”.

No mesmo documento ontem enviado às redacções, o SMZS frisa que “exige uma resposta rápida e eficaz por parte do conselho de Administração, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e do Ministério da Saúde.

“O Sindicato dos Médicos da Zona Sul acompanha com preocupação a situação no Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, após o ataque informático no fim de Abril, onde os médicos não têm acesso ao sistema informático, colocando em risco os cuidados de saúde aos utentes e a segurança dos profissionais de saúde”, refere a mesma nota de Imprensa.

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Observa ainda o SMZS que a impossibilidade de acesso à internet “impede a realização de diários clínicos, a parametrização de dados clínicos anteriores, da prescrição electrónica de medicamentos, a obtenção de baixas médicas ou o pedido de exames de diagnóstico”.

E afirma que os médicos “não conseguem aceder ao processo dos utentes, o que potencia o erro médico. Além disso, a visualização de exames apenas é possível manualmente, sem acesso a uma adequada parametrização dos valores de referência e obrigando a deslocações dentro do hospital. Já houve situações em que a prescrição manual motivou erros”.

Simultaneamente, “o registo de primeiras consultas é efectuado manualmente, sem estar prevista ainda a passagem destes dados para o processo clínico digital dos utentes, e os relatórios são enviados através do telemóvel dos médicos, uma vez que nem todos os faxes se encontram operacionais”.

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Esta situação tem levado médicos, profissionais de saúde e utentes a um grande “sentimento de preocupação, desalento e de insegurança, que se deve à falta de resposta do Conselho de Administração, que se escusa num plano de contingência que simplesmente não dá resposta”.

Defende o SMZS que a resolução desta situação “deve ser uma prioridade absoluta, mas apenas está prevista a sua resolução parcial no Verão e a resolução total no Outono – daqui a, pelo menos, quatro meses”.

Para a direcção do sindicato, considerando os vários ataques informáticos que têm vindo a acontecer, “é urgente que a tutela e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde intervenham no sentido de aumentar a cibersegurança no Serviço Nacional de Saúde”.

 

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