Irmãos Nelson e Sérgio Rosado tiveram uma breve passagem pelo Sétimo Céu mas as suas carreiras seguem em dueto
Os Anjos não desceram do Céu, mas “surgiram” na margem sul do Tejo, para uma carreira – enquanto músicos – que já vai com 35 anos de existência.
Nelson e Sérgio Rosado, de 47 e 43 anos, respectivamente, começaram ainda crianças – em 1988 – nas andanças da música em bailes e festas populares, actividade intercalada com a aulas de música e o ensino oficial, sempre acompanhados pelos seus progenitores. Curiosamente o seu primeiro concerto foi em Almada.
Em 1996 vencem o concurso “Lugar aos Novos”, da Rádio Renascença, o que lhes dá maior visibilidade e no ano seguinte “Casa de Artistas”, concurso da RTP, é ganho pelos manos Rosado, o que lhe traz uma enorme visibilidade e consequente abrir das portas que eles nunca tinham perdido de vista.
Começava o tempo das “boys band” e o convite para integrarem os Sétimo Céu, surgiria naturalmente. A banda, apesar de algum sucesso, duraria apenas um ano e do Sétimo Céu saíram os…. Anjos.
Estávamos em 1999 quando a dupla lançou o seu primeiro álbum, cujo título não deixa espaço para duvidas: “Ficarei”, que incluía o tema que deu nome ao álbum, ficaria para sempre na história do grupo. Ao primeiro disco logo a canção que marcaria o futuro dos manos Nelson e Sérgio.
Curiosamente numa posterior edição do álbum de estreia, surge o tema “Nesta noite branca”, um tema incontornável nos últimos 20 e tai natais.
Entretanto o álbum conquista a tripla platina e os Anjos dão centenas de entrevistas nas rádios e televisões, tornando-se um fenómeno tal, que seriam convidados para o emblemático programa de televisão da Xuxa, no Brasil
Dois anos depois, sai o álbum “Espelho”, que confirma o estatuto de sucesso dos Anjos, que, ainda neste ano, editam uma biografia – algo inédito para quem está no início de uma carreira.
E se a edição de um livro biográfico era algo inédito, então junte-se um perfume criado a pensar nos fãs dos manos Rosado. “Simple” foi o seu nome e “evaporou-se” rapidamente das lojas.
Entretanto a Tour Viver é um êxito e da mesma é lançado um DVD que atingiria a platina.
O álbum seguinte, “Segredos”, surge em 2004, e foi incluiu singles de sucesso como “Bem longe, num sonho meu”, “Soprar Estrelas” ou “Há-de haver onde começar” e no ano seguinte “Alma” é mais um álbum de sucesso com “A Vida faz-me bem”, a destacar-se. Em 2007 são convidados a gravar o genérico da telenovela Vingança, para a SIC, e de seguida, toda a banda sonora que – em disco – se tornaria um enorme êxito de vendas.
“Virar a página”, álbum de 2009, marca a colaboração do Anjos com Sérginho, vocalista da banda brasileira Papas da Língua, e em matéria de edições discográficas, optariam por um acústico em 2012, e que levariam em tournée por Portugal, ao longo de quase dois anos e que mostravam uma maturidade e intimismo que provavam o seu crescimento.
África do Sul e Namíbia foram – mais tarde – ainda pontos de passagem da tour acústica. Andam pelas televisões, são jurados do concurso “Voz de Portugal”, e fazem – em 2013 – um concerto memorável no Campo Pequeno, para assinalarem os 15 anos de vida dos Anjos.
No ano seguinte esgotariam o já mítico Centro Cultural de Belém (CCB), tendo como convidadas, Rita Guerra e Paula Teixeira. Sempre com uma carteira regular de concertos, voltariam a lançar um novo disco em 2017, o álbum “Longe”.
Em 2018 editam primeiro o single “Eterno”, nas plataformas digitais e posteriormente o álbum com o mesmo nome.
Já em 2019 celebraram duas décadas de carreira com a “Tour 20 anos”, cujo ponto de partida ocorreu no Coliseu do Porto, com lotação esgotada. Passada a pandemia, no ano passado estabelecem uma importante parceria musical com o duo Calema, editando o tema “Frágil”, um êxito estrondoso, extensivo aos inúmeros concertos realizados um pouco por todo o país, integrados na Tour Voa, tour que continua – em 2023 – a levar os Anjos pelo País.
Os Anjos afirmaram – a uma só voz – logo no primeiro trabalho…. “Ficarei”. E estão a cumprir.