Pais de Diego Marques mudaram-se este Verão para Almada e logo inscreveram a criança em agrupamentos de escolas do concelho mas não existiam vagas
As aulas já começaram há quase um mês, mas Diego Marques, criança de oito anos residente em Almada, não tem colocação no quarto ano de escolaridade. A avó do menino conta que a criança tem passado os dias em ansiedade, perdeu o interesse em actividades lúdicas como o futebol e critica a falta de respostas pelo Ministério da Educação para a resolução do caso.
Os pais de Diego Marques mudaram-se este Verão para Almada e logo inscreveram a criança em agrupamentos de escolas do concelho, mas a resposta foi logo negativa. Até ao ano lectivo passado, Diego frequentou o ensino privado noutro concelho e nessa altura, tentaram a inscrição presencial nas escolas.
Ana Cabeçadas, a avó, diz que assim que a criança foi inscrita no Agrupamento de Escolas António Gedeão, em Almada, receberam a informação de que não havia vaga. “Fiquei estupefacta, estamos a falar do ensino obrigatório, como pode não haver vagas”, questiona a mulher de 62 anos. Os pais levaram o caso para a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) por indicação do agrupamento escolar. “A resposta que tivemos pela DGESTE foi que o processo ia ser solucionado, mas nunca deram um prazo”, lamenta Ana Cabeçadas.
Os dias do menino de oito anos são hoje passados com os pais e a avó de manhã nos seus locais de trabalho. À tarde frequenta um centro de estudos para acompanhar a matéria dada na escola.
Ana Cabeçadas diz que “não é suficiente, ele está numa turma no centro com cinco meninos, mas nota-se que está a ficar triste por não ir à escola, por não ter a interacção com outros meninos nos recreios, dentro das salas de aula como é suposto para uma criança da idade dele. Só quer estar com os pais, já perdeu a vontade de ir ao futebol e de brincar, é lamentável que isto aconteça”.