O calor foi convidativo para milhares de pessoas se juntarem a assistir ao certame na Avenida António José Gomes, na Cova da Piedade
Foi com os termómetros a marcarem 30 graus que desfilaram ontem, na Avenida António José Gomes, onze colectividades participativas das Marchas Populares de Almada de 2023.
A noite era importante, não só pela celebração do padroeiro de Almada, o São João, como pelos 50 anos de elevação a cidade que o município está a celebrar.
Por volta das 21h30 começou o desfile na Avenida António José Gomes, o local escolhido para o certame desde o ano passado, depois de este se ter realizado durante vários anos em Cacilhas.
O cortejo ofereceu cor, música e boa disposição a quem escolheu passar a noite a celebrar a véspera do feriado municipal na Cova da Piedade.
Foram onze as marchas a concurso, mais duas do que o ano passado. A abrir esteve a Marcha “Os Costinhas”, da Associação de Pesca Artesanal, Local e Costeira (ALA), seguida da “Trafa-rica”, a marcha infantil do projecto R(Age) em Rede e da marcha de São João das Lampas, de Sintra.
Marcha Bicampeã abriu o concurso
Já o “verdadeiro” concurso contou com oito marchas e a primeira a desfilar foi a da Charneca com o tema “Charneca, conta-me um fado”. Seguiu-se a Marcha da Capa Rica que, descalça, relembrou os aguadeiros e as varinas com “De pregão em pregão. Aguadeiros e Varinas, um amor no São João”.
A Marcha do Beira-Mar de Almada foi a terceira a desfilar e dedicou o seu tema ao “mágico” cinquentenário da cidade com o tema “Almada – 50 anos de magia”.
À margem do rio, como está localizada, a Marcha da Trafaria não poderia ter outro tema que não o “Da Trafaria às descobertas”. A cenografia e os figurinos fizeram jus à letra, com os homens vestidos de marinheiros e os padrinhos da marcha, Jéssica Antunes e Rui Figueiredo, a entrarem “a bordo” de um barco feito à mão.
Já a recordar os anos 70, com calças largas e sapatos de plataforma, esteve a Marcha do Centro Comunitário PIA II com o tema “Almada vive por inteiro os anos 70”.
Com fatos alusivos ao rio Tejo, desfilou a Marcha do Pragal, que cantou o tema “Pragal – Uma Janela sobre o Tejo”.
A desfilar em penúltimo esteve a Marcha da Costa da Caparica, uma das que mais aplausos e gritos arrancou do público, com o tema “Nem seria de outra maneira”.
A marcha da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP) foi a última a actuar. Em casa, a Cova da Piedade relembrou as lavadeiras e desfilou com o tema “A roupa branca nas mãos das lavadeiras”.
A festa terminou já de madrugada depois do concerto da Banda Sense, no coreto do Jardim da Cova da Piedade.
FINAL Vencedores são anunciados no Complexo dos Desportos
É no próximo dia 1 de Julho que as oito colectividades voltam a marchar, desta vez no Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, no Feijó.
Além de atribuídos os prémios do pódio, ou seja, do 1º, 2º e 3º classificados das marchas populares, são ainda conhecidos os vencedores dos prémios “Avenida”, para aquela que melhor desempenho teve no desfile de ontem, “Cenografia”, “Coreografia”, “Figurino”, “Musicalidade” e “Letra”.
No desfile do pavilhão é obrigatório que cada marcha apresente três marcações – a Grande Marcha de Almada 2023, com o nome “O Santo desceu do trono”, que é obrigatória e fornecida pela Câmara Municipal de Almada, a Marcha Inédita, ensaiada especificamente para as marchas deste ano por cada grupo, com letra e música originais e a 3.ª Marcha, que pode ter letra e música de anos anteriores.
A final do concurso está marcada para o próximo sábado, a partir das 20h30. Os bilhetes custam 5 euros e a entrada é condicionada a maiores de 3 anos.