Iniciativa Liberal visita Costa de Caparica, realça problemas ambientais e fala em coragem política

Iniciativa Liberal visita Costa de Caparica, realça problemas ambientais e fala em coragem política

Iniciativa Liberal visita Costa de Caparica, realça problemas ambientais e fala em coragem política

Os problemas causados pelos parques de campismo, a mobilidade, erosão costeira e desperdício de água estiveram na primeira linha 

Os riscos de segurança que os actuais parques de campismo acarretam para a Costa de Caparica, os problemas de mobilidade e a erosão costeira são três dos principais problemas que o ambientalista João Joanaz de Melo aponta ao território atlântico do concelho de Almada. E o mesmo diz Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal.

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O professor na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, e doutorado em engenharia do ambiente acompanhou, no passado domingo, a comitiva da Iniciativa Liberal na visita à Costa de Caparica, em mais um programa do partido enquadrado nas Rotas Liberais.

“A solução para acabar com os actuais parques de campismo obriga à consciência generalizada de que, a situação que existe, não é adequada”, afirmou Rui Rocha depois de ouvir Joanaz de Melo. Diz o presidente da IL, que os autarcas “têm o poder de gerir o território” e, no caso particular de Almada, “é preciso coragem política para acabar com a condição actual dos parques de campismo”.

A questão, como definiu Joanaz de Melo, não é ser contra os parques de campismo, mas sim criar novas infra-estruturas e gerir estes espaços como efectivos parques de férias e não de habitação regular. “O que temos é habitação em tenda. Há pessoas que se habituaram àquela vivência e não abdicam disso com facilidade”.

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Pelas contas do ambientalista, o campismo na Costa de Caparica deverá rondar as 17 mil pessoas e, além dos parques terem arruinado a zona dunar, “não ajudam ao desenvolvimento do sector turístico”. Mas o problema maior é mesmo em termos de segurança. “Há relatórios dos bombeiros e protecção civil que dizem que [aqueles espaços] não estão em situação legal, nem de segurança”.

As questões de mobilidade foram apontadas tanto pelo líder do IL como por Joanaz de Melo, como um dos pontos chave para o desenvolvimento não só da Costa de Caparica como da margem sul. À cabeça apontaram ser fundamental que o Metro Sul do Tejo avance até à Costa de Caparica e Trafaria, isto conjugado com um reforço das ligações fluviais no Tejo.

“Uma auto-estrada fluvial”, assim chamaram a um fluxo de linhas fluviais, num transporte combinado entre as duas margens apoiado na ferrovia ligeira e também no sistema rodoviário. “Para o IL esta é uma aposta estrutural”, afirmou Rui Rocha, referindo-se particularmente ao Metro Sul do Tejo.

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Mais complicado de resolver é o problema da erosão costeira, sendo a Costa de Caparica uma das frentes atlânticas que apresenta grande risco. Lembra o ambientalista que os problemas de erosão nesta linha de litoral começaram nos anos 50 e 60, com a construção de edifícios em cima das dunas. O segundo factor, conta, foi a extracção de areia da zona da Cova do Vapor, na Trafaria, para a construção do Porto de Lisboa e também construção civil. “Com isto o reservatório de areia do sistema foi drasticamente diminuído”.

Um terceiro causador da erosão costeira foi a construção de barragens na bacia do Tejo, tanto em Portugal como em Espanha. “As barragens fazem retenção de areia, e para a costa portuguesa vem apenas 10 a 20% daquilo que seria a chegada natural de sedimentos, daí os problemas da erosão”, apontou o ambientalista.

Por sua vez, Rui Rocha introduziu a questão da gestão da água, tanto na região como no País. “Em Portugal existem muitas perdas de água na rede pública, são cerca de 30 a 40%. É fundamental ser rápido na manutenção estruturada da rede, e há soluções tecnológicas que permitem fazer esse acompanhamento”, disse para acrescentar: “É preciso agir antes de termos de fazer escolhas em abastecimento de água para consumo público, agricultura ou indústria”.

O programa das Rotas Liberais dedicado ao concelho almadense, depois de ter passado pela Costa da Caparica, seguiu, durante a tarde para a Cova da Piedade e cidade de Almada.

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