Inês de Medeiros fecha a porta a acordo pós-eleitoral em Almada com o Chega

Inês de Medeiros fecha a porta a acordo pós-eleitoral em Almada com o Chega

Inês de Medeiros fecha a porta a acordo pós-eleitoral em Almada com o Chega

(Foto: Mário Romão)

Chega surpreendeu pela votação que conseguiu. Em apenas quatro anos subiu significativamente a votação

A socialista Inês de Medeiros foi reeleita nas autárquicas de 12 de outubro para mais um, e último, mandato à frente da Câmara Municipal de Almada. Comparativamente com o escrutínio de 2021, o PS desceu de 39,87%, 28.203 votos e cinco mandatos, para eleger agora apenas quatro mandatos através de 29,10%,22.443 votos.

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Ao nível das cinco freguesias, os socialistas continuaram a vencer na união da Caparica e Trafaria, na união de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas e na união Laranjeiro e Feijó, embora tenham perdido percentagem eleitoral. Mas a expressiva derrota socialista foi na freguesia da Costa da Caparica, onde perderam para o PSD, com Vanessa Krause, que, assim, reconquista a freguesia que os social-democratas perderam nas autárquicas de 2009.

No total do concelho, em segundo lugar manteve-se a CDU (PCP-PEV) que também perdeu um mandato, ao conseguir uma expressão de voto de 20,61%, 15.899 votos contra os 29,69%,21.006 votos de há quatro anos, onde teve quatro mandatos.

Por sua vez o PSD foi a terceira força política mais votada e elegeu dois mandatos, menos um do que nas anteriores autárquicas. Quanto a números, o PSD que anteriormente tinham concorrido numa coligação que incluiu o CDS o MPT e o PPM, obtiveram a 12 de outubro 19,36%,14.936 votos, enquanto anteriormente conseguiram 10,71%,7.574 votos.

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Também no concelho de Almada o partido Chega surpreendeu pela votação que conseguiu. Em apenas quatro anos passou da quinta força política para ser a quarta mais votada, com um salto significativo de votação: 5,63%,3.980 votos em 2021, para 18,24%,14.067 votos, no passado domingo, e elege dois mandatos, o que antes não tinha.
“As pessoas nem sabiam o nome do candidato do Chega. Olhavam para os cartazes e pensavam que era André Ventura, isto, principalmente, entre os eleitores mais novos”, diz a socialista Inês de Medeiros.

Para a incumbente os resultados das autárquicas implicam uma “responsabilidade maior para os partidos que representam as foças democráticas”, estes “têm obrigação de voltar a ser fortes e representarem esperança”.

Para Inês de Medeiros o Chega é um partido que “nada tem de positivo, não tem programa e só quer derrotar a democracia”. Razão pela qual a presidente reeleita afirma que não vai conversar com o eleito pelo Chega, Carlos Magno, no sentido de um entendimento pós-eleitoral. “Sempre me mostrei disponível para conversar com os outros partidos que elegeram vereadores, exceto com o Chega”, disse a O SETUBALENSE

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Por sua vez Carlos Magno afirma, também a O SETUBALENSE, que “nunca” aceitará um entendimento pós-eleitoral com o Partido Socialista. “Estou aqui para descortinar o executivo”, acrescenta.

Quanto ao PSD, Paulo Sabino, presidente da concelhia social-democrata de Almada, refere que o partido ainda não reuniu, pelo que nada avança sobre entendimentos pós-eleitorais, e o mesmo diz Luís Palma, cabeça-de-lista da CDU. Aliás, da parte do PSD, tendo em conta que o cabeça-de-lista, Hélio Sousa Silva, é eurodeputado, vai ser avaliado se vem para Almada exercer o seu mandato.   

Derrota significativa teve o Bloco de Esquerda que, em 2021 tinha conseguido eleger um mandato, e agora, coligado com o Livre, não elegeu qualquer representante.

Dos 11 mandatos do executivo municipal de Almada, o PS elegeu quatro, a CDU elegeu três, o PSD dois e o Chega também dois.

Dos 77.133 votantes, exerceram o seu direito 151.342 inscritos, o que corresponde a uma taxa de participação de 50,97%. Os votos em branco foram 1,38%,1.064 votos e nulos 0,98%,756 votos.   

PSD reconquista a Costa de Caparica

Das cinco freguesias do concelho de Almada, entre uniões e uma freguesia, no anterior mandato apenas a União de Freguesias Laranjeiro e Feijó era governada pela CDU, através de Luís Palma, que agora assumiu a candidatura à presidência da Câmara Municipal. A partir de 12 de outubro, o cenário ficou bem diferente.

A coligação PSD venceu na Costa da Caparica, destronando o PS, com Vanessa Krause a obter 32,99 %,2.089 votos. O PS ficou-se por 21,68%,1.373 votos, o Chega 18,51 %,1.172 votos e a CDU 13,23 %,838 votos.

Na União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, o PS vence com 27,98%,6.100 votos, a CDU alcança 26,20%,5.711 votos, o PSD 18,65%,4.066 votos e o Chega 13,85%,3.019 votos.

Na União das freguesias de Caparica e Trafaria, a votação do PS foi de 27,75%,2.798 votos, o Chega subiu para 25,09%,2.530 votos, a CDU teve 20,49%,2.066 votos e o PSD 15,29%,1.542 votos.

Por sua vez na União das freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, o PS votou a vencer, agora com 32,44%, 7.462 votos, o PSD, 22,13%, 5.090 votos, o Chega 18,22%,4.191 votos e a CDU 13,90%,3.198 votos.                       

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