Funcionários reivindicam aumentos salariais para “repor o poder de compra perdido com subida de inflação”
A greve dos trabalhadores da WeMob, empresa que gere o estacionamento em Almada, no distrito de Setúbal, teve uma adesão na ordem dos 85% nos dois primeiros dias, segundo dados sindicais.
Os trabalhadores da empresa municipal de regulação de estacionamento e mobilidade de Almada (WeMob) iniciaram na segunda-feira uma greve que se prolonga até sexta-feira, uma acção convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
Durante duas horas por dia, entre as 10:00 e as 12:00, os funcionários concentram-se junto ao edifício dos Paços do Concelho em Almada, no Largo Luís de Camões, para mostrar o seu descontentamento.
Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, em 2023, de 100 euros, no sentido “de repor o poder de compra perdido com o contexto actual de subida de inflação, mas também da perda de poder de compra de 13 anos a rondar os 12%”.
O dirigente do STAL Pedro Rebelo, explicou à agência Lusa que os trabalhadores reivindicam negociação das carreiras profissionais, referindo que não existe perspectiva de evolução de carreira e que há trabalhadores com 15 anos de serviço que ganham o mesmo que aqueles que acabaram de entrar.
Segundo o dirigente sindical, 43% dos trabalhadores recebem o salário mínimo.
Concentrados nos Paços do Concelho, os trabalhadores reivindicaram o diálogo, afirmando a sua disponibilidade para o encetar de negociações, acrescentou.
De acordo com dados da empresa de Janeiro deste ano, a WeMob tem actualmente um total de 98 trabalhadores.