“Tanto quanto nós saibamos não houve nenhum estudante envolvido neste incidente”, afirmou o director do Conselho Científico da FCT
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica, em Almada, disse que “não houve nenhum estudante envolvido” na explosão ocorrida esta quinta-feira numa empresa que opera no campus universitário, da qual resultou uma vítima mortal.
“Tanto quanto nós saibamos não houve nenhum estudante envolvido neste incidente”, afirmou o director do Conselho Científico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, José Paulo Santos, em declaração aos jornalistas no local, pelas 16h30.
O professor rectificou a informação inicialmente avançada sobre a empresa envolvida na explosão, explicando que o edifício é frequentemente chamado de Ydreams, mas actualmente quem opera no espaço é a Omnidea, uma empresa de tecnologia aeroespacial portuguesa.
Em declarações à agência Lusa, fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) adiantou que os meios de socorro, mobilizados a partir das 12h45, concluíram os trabalhos pelas 16h30, e revelou que a vítima mortal é um homem de 25 anos e que há também o registo de um ferido, um homem de 51 anos, transportado ao Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Tanto a vítima mortal como o ferido trabalhavam para a empresa Omnidea, segundo o director da faculdade.
“Por uma questão de preocupação” e para avaliar as condições do local para a mobilização dos meios de socorro, a GNR empenhou uma equipa de inactivação de engenho explosivos e de segurança em subsolo.
Sobre a origem da explosão, a força de segurança adiantou terem sido contactadas a Polícia Judiciária, que esteve no local e que está encarregue de investigar, e a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho.
“Os factos vão ser comunicados ao Ministério Público de Almada”, acrescentou fonte da GNR.
De acordo com o director do Conselho Científico da Faculdade de Ciências e Tecnologia, a explosão ocorreu “numa zona afastada da área académica, ou seja, numa zona onde não estão docentes, estudantes, investigadores e funcionários”. Trata-se de uma área dedicada a empresas.
“Fomos informados de que quatro funcionários dessa empresa estavam envolvidos neste incidente”, indicou José Paulo Santos, lamentando a morte de um dos trabalhadores da Omnidea.
O director referiu que as empresas têm de seguir todos os protocolos de segurança relativos à atividade que exercem, ressalvando que não compete à universidade fiscalizar, porque “as empresas exercem de forma independente”.