Espaço foi remodelado numa intervenção de 3 milhões de euros com o objetivo de “melhorar a porta de entrada” de Almada.
Centenas de pessoas aproveitaram a tarde solarenga deste sábado para sair à rua e celebrar a inauguração do remodelado Largo de Cacilhas em Almada, que recebeu um investimento na ordem dos 3 milhões de euros e veio, segundo as palavras da presidente do concelho, Inês de Medeiros, “melhorar a principal porta de entrada” do município.
Com um reconhecimento do valor da grande adesão dos cidadãos de Almada, Inês de Medeiros disse a O SETUBALENSE que foi uma “imensa alegria” a função autárquica “estar a ser cumprida” e acima de tudo estar a “servir a população”, elucidando que “muitos ouviram dizer que Almada é a melhor vista de Lisboa, mas, qualquer dia, Lisboa será a melhor vista de Almada”.
“Terminarmos uma obra com um grande investimento e vermos o espaço a ser utilizado pela comunidade é o melhor que podemos ter, é para elas que nós trabalhamos. Isto é uma área sensível, foi preciso fazer vários estudos com alguma profundidade e dado o período da pandemia em que começámos a obra penso que tudo correu muito bem”, rematou a autarca.
Entre os 40 stands, os jogos e os concertos ao ar livre, a energia e a vivacidade de quem passava pelo largo era quase palpável. Segundo um cidadão assíduo do largo, que preferiu não revelar a identidade, esta movimentação dos munícipes “não é algo comum”, ao que referiu que o Largo de Cacilhas tem por hábito estar “mais vazio” e que esta energia e este usufruto do espaço é apenas “algo temporário”.
Maria D’Assis, presidente da União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, também partilhou a “satisfação” da presidente da autarquia e mencionou que, neste momento, o Largo de Cacilhas “orgulha” e tem a capacidade de receber “com dignidade” quem o visita e quem lá vive.
Os melhoramentos do local são “notórios e bem visíveis”, porém existe quem considere que a obra está “inacabada”, como Gabriela Alves e Gabriel Matos. Ambos lisboetas, revelaram a O SETUBALENSE que “gostam bastante” de atravessar o Rio Tejo para passar tempo no Largo de Cacilhas, mas que há uma “falta de segurança” no perímetro do Farol, visto que não estão colocadas quaisquer tipos de baias ou vedações.
“Estão várias crianças a jogar à bola e várias pessoas idosas escolhem este sítio para passear. Qualquer dia alguém cai por ali abaixo, era algo que podiam ter colocado, já que requalificaram o largo todo”, alertou Gabriel Matos com preocupação.
A placa de inauguração foi descerrada por volta das 15h30 e foi aplaudida pela grande parte dos presentes, que durante um concerto mudaram a atenção para os discursos e para o momento célebre da oficialização da abertura do requalificado espaço Largo de Cacilhas.