Assembleia da República com consenso sobre necessidade de novo centro de saúde em Almada

Assembleia da República com consenso sobre necessidade de novo centro de saúde em Almada

Assembleia da República com consenso sobre necessidade de novo centro de saúde em Almada

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A Assembleia da República (AR) reuniu o consenso dos grupos parlamentares sobre a necessidade de se construir um novo centro de saúde no Feijó, em Almada, apesar de o PSD considerar que “há falta de vontade política”.

O tema esteve em debate devido à petição da Plataforma Pela Construção do Centro de Saúde do Feijó, que reuniu 4.278 assinaturas, e a três projetos de resolução do BE, PEV e PCP que recomendam a construção da nova unidade em Almada, no distrito de Setúbal.

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A petição foi apresentada pela deputada do BE Joana Mortágua, que explicou que a União de Freguesias do Laranjeiro e Feijó apenas tem um centro de saúde para 47 mil utentes, dos quais metade “não têm médico de família”.

“O Centro de Saúde de Santo António do Laranjeiro é conhecido por não ter recursos humanos há muitos anos, por ter falta de condições físicas e materiais, tempos de espera longos e por ser distante das populações”, relatou.

Para a deputada, é “urgente resolver este problema” com a construção de uma nova infraestrutura e a reorganização da que já existe, até porque a carência tem causado “uma sobrelotação do Hospital Garcia de Orta”, localizado no concelho.

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Já José Luís Ferreira, do PEV, referiu que, “há muitos anos, a Câmara Municipal de Almada disponibilizou um terreno no Centro Cívico do Feijó para a construção deste centro de saúde” e que a pandemia da covid-19 “mostrou a necessidade de reforço no Serviço Nacional de Saúde”.

Neste sentido, o deputado Bruno Dias, do PCP, apelou a que o Governo “tome medidas concretas e urgentes” e que avance não só com a construção do novo centro de saúde, mas também com a “atribuição de médicos de família”.

Também o CDS-PP afirmou que “acompanha estas iniciativas e votará favoravelmente todas as que estão hoje em discussão”, uma vez que as preocupações dos peticionantes “não se esgotam nesta freguesia e acabam por ter consequências no Hospital Garcia de Orta, no seu congestionamento”.

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Além disso, a deputada Ana Rita Bessa considerou como relevante a “preponderância de uma população mais idosa na freguesia do Feijó”, para quem as deslocações para o Laranjeiro “se tornam difíceis e acabam por ter como consequência a privação de os utentes irem ao médico”.

Já Fernanda Velez, do PSD, apontou que a construção do novo centro de saúde “tem de ser uma prioridade”, mas criticou o Governo porque esta necessidade já tinha sido identificada pelo Ministério da Saúde em 2017.

“Aqui chegados, ao fim de cinco Orçamentos do Estado viabilizados pelo PS e pelos partidos de esquerda parlamentar, cinco Orçamentos do Estado sem que tenha sido elaborado um projeto para o terreno que já existe e que reúne condições para receber o equipamento. Falta o quê senhores deputados? Falta vontade política do Governo socialista”, frisou.

Por sua vez, o deputado do PS Filipe Pacheco afirmou que o grupo parlamentar “está totalmente solidário com as revindicações”, mas notou que os projetos de resolução apresentados “esquecem ou fingem esquecer que esta construção do centro de saúde do Feijó não está prevista em lado nenhum”.

“Esses peticionários merecem ser tratados com respeito e seriedade, mas tratá-los com respeito e seriedade não é garantir que a construção é uma intenção ou recomendação, é garantir que ela entra efetivamente nos planos de investimento no horizonte desta legislatura, é isso que é o compromisso do PS”, afirmou.

A petição deu entrada no parlamento em 24 de Julho de 2019 e os projetos de resolução do BE, PEV e PCP serão sujeitos a votação hoje.

Lusa

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