Parceria entre a Câmara e os Bombeiros de Almada vai dar a mão a quem está ou ficou sem casa. Executivo está a considerar em outros investimentos congéneres
Almada tem a funcionar um Espaço de Atendimento Temporário (EAT) desde a passada sexta-feira. “Consiste em um apartamento com capacidade para acolher até seis pessoas, em situação de sem-abrigo ou que se encontrem sem tecto por motivos imprevisíveis”, define a autarquia.
O espaço é composto por dois quartos, uma sala, cozinha, instalações sanitárias e arrumos. Este foi disponibilizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada.
A Câmara Municipal de Almada, coordenadora do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), apoiou as obras de reabilitação com uma verba de 30 mil euros. Quanto à gestão deste Atendimento Temporário fica a cargo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada, em articulação com a coordenação do NPISA.
Os bombeiros que vão estar à frente desta resposta social tiveram uma formação, paga pela Câmara, em parceria com o Instituto S. João de Deus.
Este espaço “está direccionado a pessoas em situação de sem-abrigo que aguardam integração em comunidade terapêutica, lar, habitação ou outra resposta já contratualizada”, e ainda dar resposta a casos “no âmbito da activação dos planos de intervenção em vagas de frio”, explica a autarquia através de comunicado.
Do mesmo modo “está pronto a receber pessoas já sinalizadas pela rede de parceiros, que se encontrem numa situação não previsível de sem tecto, por despejo ou catástrofe natural e acidente”, acrescenta o documento.
Para além deste apartamento e das equipas de rua, que prestam apoio diurno e nocturno às pessoas em situação de sem-abrigo do concelho, estão previstos outros investimentos.
Refere a autarquia que “durante o primeiro semestre de 2020”, está na calha “contratar quatro novos gestores de caso, criar um espaço diurno ocupacional e dar início ao Housing First, um realojamento à medida com acompanhamento social de proximidade 24 horas por dia, tal como existe noutras câmaras municipais”.
O executivo municipal dá ainda a saber que está empenhado em “abrir o segundo centro de acolhimento de emergência do distrito, com 25 camas, no âmbito das respostas protocoladas com a Segurança Social, à semelhança do que já existe no Município de Setúbal”.