Capacidade de instalação das escolas no município aumentou com a execução de obras de requalificação executadas pela câmara
O novo ano lectivo arrancou em pleno no concelho de Almada na passada sexta-feira nos treze agrupamentos de escolas e mais duas não agrupadas, mas dos 24 509 alunos houve quem não tivesse professores em algumas disciplinas. “Faltaram 88 professores, com maior incidência no primeiro ciclo”, revelou a vereadora vice-presidente, Teodolinda Silveira, responsável pela área da Educação no município.
Segundo a vereadora, foram quinze os professores em falta no grupo da Educação Especial, e dez no grupo de Físico-Química, os outros correspondem aos restantes grupos de docência. Contudo, espera a vice-presidente da Câmara que as vagas por preencher na passada sexta-feira sejam, entretanto, resolvidas, pelo menos em parte, uma vez que na segunda e terça-feira houve nova colocação de docentes. “Esperamos que esta falta de 88 professores seja efectivamente reduzida”, dizia na reunião de Câmara de 16 de Setembro.
Quanto à colocação de assistentes operacionais, que são da responsabilidade do município, “temos o rácio cumprido”. São 150 assistentes técnicos financeiramente suportados pelo Ministério da Educação, enquanto “o município tem um investimento, do orçamento municipal, para mais trinta postos de trabalho que são necessários para assegurarem substituições de longa duração”, frisou a vereadora.
Um dado que Teodolinda Silveira destacou foi a capacidade para acolher “todos os meninos que se candidataram ao primeiro ano do 1.º ciclo, portanto os seis anos de ensino. Segundo explicou, isto aconteceu não porque tivesse existido uma redução de alunos, uma vez que este indicador estagnou, mas porque houve uma maior capacidade de instalação.
Foi o caso da renovada Escola EB Maria Rosa Colaço, no Feijó, cuja requalificação foi inaugurada na passada semana, e que abriu mais 125 vagas (75 no pré-escolar e 50 no 1.º Ciclo), juntando-se às 225 vagas previamente existentes. Na Charneca de Caparica, a Escola Básica Carlos Gargaté abriu mais uma turma e, na mesma localidade, a Escola Básica Presidente Maria Emília aumentou também a capacidade instalada com mais uma turma.
No caso da Charneca e Sobreda, dois dos territórios do concelho de Almada que apresentam maior crescimento populacional, “ficámos ainda com algumas vagas para os alunos que vêm de outros países, o que acontece normalmente durante os meses de Outubro e Novembro, porque o seu calendário lectivo não corresponde ao nosso”, disse a vereadora.
Menos bem decorreu o processo ao nível do pré-escolar, onde houve algumas dificuldades para ter resposta completa, mas garantiu a autarca que este é um problema detectado e que para o próximo ano lectivo haverá “um aumento de duas salas do pré-escolar no Centro Escolar que substituirá a Escola EB da Trafaria, e com o aumento do pólo de pré-escolar naquela que será a Escola Básica da Charneca da Caparica que irá complementar a Escola Carlos Gargaté”.
No balanço sobre o arranque do ano lectivo 2024/2025, Teodolinda Silveira lembrou que a Câmara de Almada recebeu da parte do Ministério da Educação a responsabilidade sobre várias escolas “que não estavam em boas condições de edificado”, o que obrigou a autarquia a um plano de obras para estes estabelecimentos de ensino.
“Fizemos muitas intervenções em edifícios de escolas, muitas em salas de aula, em jardins de infância e logradouros” estas as “mais urgentes”,0 e acrescentou: “Para o ano continuaremos a fazer as requalificações de manutenção”, disse a vice-presidente.