Almada comemorou 50 anos com sessão solene e entrega de medalhas de honra na Capitão Leitão

Almada comemorou 50 anos com sessão solene e entrega de medalhas de honra na Capitão Leitão

Almada comemorou 50 anos com sessão solene e entrega de medalhas de honra na Capitão Leitão

|Inês de Medeiros

Carlão, ‘Tim’, a banda UHF, o atleta André Ramos e a ‘castiça’ Tia Bé foram alguns dos galardoados em dia de São João

 

Foi o hastear da bandeira que marcou o início da sessão solene comemorativa dos 50 anos de Almada. A apresentação ficou a cargo de Fernanda Serrano, actriz que viu na cidade o “local ideal” para viver e educar os seus filhos.

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A cerimónia começou por volta das 11 horas da manhã com a Rua Capitão Leitão cheia de almadenses, muitos deles caras conhecidas, que vieram celebrar o cinquentenário da sua terra.

Tocado o hino da cidade e o hino nacional, pela Banda Filarmónica Incrível Almadense, o recém presidente da Assembleia Municipal de Almada, Ivan Gonçalves, abriu as honras e fez um discurso que emocionou muita gente.

Relembrou a cidade de outros tempos, a “Almada fenícia, Almada Romana, Almada Muçulmana e Almada Cristã ou Almada de Fernão Mendes Pinto, de Bolhão Pato e de Romeu Correia”, mas também a Almada dos dias de hoje, onde fez questão de mencionar nomes como o de Miguel Oliveira, Telma Monteiro ou Carlão.

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Falou da terra como um local inclusivo e aberto, até porque, na sua perspectiva, a cidade “fez-se e faz-se dos que a ela chegam, a abraçam e permanecem e onde deixam pormenores que a marcam”.

Em largos elogios que teceu sobre o concelho, descreveu-o ainda como “inclusivo e tolerante, onde cabem todas etnias e culturas”.

“50 anos de cidade. 50 anos de liberdade”

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“Liberdade” foi a palavra mais dita por Inês de Medeiros, a presidente da Câmara Municipal, que discursou logo a seguir a Ivan Gonçalves.

Não antes de agradecer “pela imensa honra concedida pelos almadenses” de celebrar esta data à frente do executivo municipal. Para Inês de Medeiros o que se comemora este ano, não se reflecte em apenas um dia, sendo este o 16 de Junho de 1973, em que Almada se elevou oficialmente a cidade, mas comemora-se também um percurso.

“A alma de uma cidade não se decreta. É feita por todos aqueles que ao longo destes 50 anos foram cumprindo o sonho”, afirmou a autarca, acrescentando em seguida que se iniciava naquele dia (dia de São João) o ano de celebrações que duraria até à data dos 50 anos da revolução de Abril, 25 de Abril de 2024, representando assim “50 anos de cidade. 50 anos de liberdade.”

Inês de Medeiros quis ainda relembrar os momentos duros pelos quais o município passou, como “o fim do ciclo da indústria pesada em Almada”. “O encerramento da Lisnave que marcou o fim desse ciclo deixou profundas marcas na população, mas foi isso que fez de Almada uma cidade de resistência e superação. Agora, mais do que olharmos com saudade para um modelo de desenvolvimento que há muito deixou de fazer sentido, devemos orgulhar-nos da forma como este local soube ultrapassar essa fase”.

Mas não só de maus momentos se fez a história e a edil do executivo municipal fez questão de o relembrar ao falar das novas gerações “cada vez mais requalificadas” que contribuem para o “progresso e desenvolvimento do concelho”.

Também o projecto Arco Ribeirinho Sul foi “chamado à conversa”, no qual Inês de Medeiros afirma que “Almada deve assumir sem hesitação a sua centralidade no projecto”. “Almada não pode mais esconder-se atrás de arribas, estaleiros e fábricas ao abandono. É necessária e urgente a requalificação do Ginjal”, rematou.

 

 

Figuras do concelho agraciados com medalhas

Após os discursos, foram várias as personalidades que, pelo seu mérito e contributo no desenvolvimento do concelho, receberam uma medalha de honra.

Com a Medalha de Prata de Mérito e Dedicação foram distinguidos Almada Mundo, Benilde Macedo (Tia Bé), Cervejaria “Farol”, Cretcheu – Associação Cabo-Verdeana de Almada, Jaime Almeida, Lifeshaker – Associação Juvenil, Pastelaria de Santo António, Pastelaria “Miki”, Pastelaria Páscoa e A Tremoceira.

Já as medalhas de ouro nesta categoria foram atribuídas à Associação de Comerciantes de Almada, Carlos Bica, à Guarda Nacional Republicana, Hélder Madeira Caetano, Leonel Duarte, Libório Temporão, Maria d’Assis, a Polícia de Segurança Pública, Padre José Pinheiro, e a USALMA – Universidade Sénior de Almada.

As Medalhas de Prata de Mérito Desportivo foram atribuídas Guilherme Ribeiro, Nuno Matta e Mafalda Lopes. A de ouro foi dada ao atleta André Ramos.

A Medalha de Prata de Mérito Cultural foi entregue à Associação Gandaia, à Companhia de Dança de Almada, a Francisco Silva e Rui Mesquita Mendes, enquanto a Grau Ouro foi dada a “Tim”, a AR.CO – Centro de Arte e Comunicação, a Carlão, à Escola de Dança NEXT, a José Manuel Castanheira e à banda UHF.

Aida Duarte, Ângela Luzia, Helena Lamelas, João Lucas, Letícia Sabino de Sousa e Luís Adão foram aqueles que receberam a Medalha de Ouro de Bons Serviços.

Já a Companhia de Teatro de Almada, Elvira Fortunato, o Hospital Garcia de Orta, Sidónio Pardal e Universidade Nova de Lisboa foram galardoados com a Medalha de Ouro da Cidade.

 

HONRA Personalidades com ligações à cidade constituem comissão

Na cerimónia de sábado passado foi também apresentada a Comissão de Honra dos 50 anos de elevação a cidade.

Dela fazem parte cerca de 90 nomes, entre os quais: Américo Jones, Anabela Pires, ‘Tim’, Comandante da GNR, Carlão, Cretcheu – Associação Caboverdeana de Almada, Daniela Melchior, Diogo Batáguas, FCT-UNL, Fernanda Serrano, Elvira Fortunato, Júlia Pinheiro, Hospital Garcia de Orta, Manuel Cargaleiro, Miguel Oliveira, AIRFA – Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense, Associação Socorros Mútuos 1º de Dezembro, SFIA – Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, Tia Bé, Tony Carreira e Vírgul – Bruno Silva.

Desta Comissão de Honra faz parte um conjunto alargado de figuras, naturais ou com uma forte ligação ao concelho, que se tenham destacado pela sua contribuição cultural, científica ou desportiva, pelo impacto que tiveram na comunidade, pela dedicação a Almada ou pela sua capacidade de projectar, nacional e internacionalmente, o nome do concelho.

Para Inês de Medeiros, que mencionou também esta comissão de honra no seu discurso, “é desta gente que se faz Almada e é aqui que se vê a força de um município”.

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