Administração do Garcia de Orta defende concentração de urgências mas alerta que são necessários recursos humanos

Administração do Garcia de Orta defende concentração de urgências mas alerta que são necessários recursos humanos

Administração do Garcia de Orta defende concentração de urgências mas alerta que são necessários recursos humanos

Comissão, adianta o CA da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, defendeu que se deveria aguardar mais dois meses para avaliar o actual modelo de urgência referenciada

A administração do Hospital de Almada disse esta sexta-feira que sempre defendeu a concentração de urgências de ginecologia e obstetrícia na Península de Setúbal como solução para os constrangimentos, mas alerta que é preciso garantir “superiormente os recursos humanos necessários”.

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O Governo anunciou que vai estudar a proposta de um grupo de peritos para a criação de um centro materno-infantil na Península de Setúbal e de integração do Hospital do Barreiro e do Hospital Garcia de Orta (Almada), num regime de urgência metropolitana.

A ministra da Saúde explicou hoje, em Elvas, que a proposta da Comissão Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, coordenada por Caldas Afonso e entregue há dois dias ao Governo, já foi testada com sucesso no Norte.

Questionada pela agência Lusa sobre esta medida, a administração da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS), da qual faz parte do Hospital Garcia de Orta (Almada), defende que a concentração das urgências de ginecologia e obstetrícia na Península de Setúbal “afigura-se, desde sempre, como a única via possível para ultrapassar os constrangimentos existentes nesta área, garantindo uma resposta de qualidade, diferenciada e com previsibilidade às nossas utentes”.

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Esta solução, adianta o Conselho de Administração (CA) da ULSAS, foi apresentada e defendida há muito por si junto de todos os directores executivos do Serviço Nacional de Saúde e da ministra da Saúde, em reunião no dia 9 de Agosto de 2024, pelo que considera que a sua execução “só peca por tardia”.

“O actual modelo de funcionamento de urgências de obstetrícia e ginecologia referenciadas nunca foi tido como viável por parte da ULSAS, que sempre alertou (ainda antes da sua implementação), que o modelo não resolveria a escassez de recursos humanos na Península”, adianta o Conselho de Administração da ULSAS.

Para a administração da Unidade de Saúde Local Almada-Seixal, o projecto-piloto, proposto pelos peritos e imposto pela tutela, e que arrancou na Península no início de Janeiro, “estava, desde o início, condenado ao fracasso”.

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“A realidade tem vindo a confirmá-lo. Não só não reduziu o número de referenciações de utentes, como obrigou, em alguns dias, ao encerramento total (incluindo CODU/INEM) da ULSAS”, frisa a unidade, adiantando que, “ciente das dificuldades no terreno, solicitou reunião à Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (CNSMCA) decorridos cinco dias de projecto, a qual se viria a realizar a 13 de Janeiro”.

Nessa reunião, frisa, “as virtudes do modelo de concentração de recursos, há muito defendido e proposto por este Conselho de Administração, e que agora parecem tão claras para estes peritos, pareciam ser, na altura da reunião, menos óbvias”.

A comissão, adianta o CA da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, defendeu que se deveria aguardar mais dois meses para avaliar o actual modelo de urgência referenciada.

Por outro lado, o conselho de administração da ULSAS adianta que a Direcção Executiva do SNS e o Ministério da Saúde sempre tiveram conhecimento de todas as escalas de ginecologia e obstetrícia da ULSAS com a devida antecedência, “não tendo expressado qualquer preocupação relativamente aos encerramentos previstos”.

“A existir falta de coordenação, a mesma se deve a quem, sendo a única detentora das escalas das três ULS e tendo possibilidade e autoridade para resolver o problema, não o fez”, frisa o conselho de administração que dirige o Hospital Garcia de Orta.

Aquele CA acrescentou que “é com agrado que recebe a notícia de que também a CNSMCA propôs, agora, a solução de concentração de urgências à senhora ministra”.

Na resposta enviada à agência Lusa, a administração da ULSAS concluiu que ficará a aguardar para saber qual a decisão da tutela, mas alertou que a mesma só funcionará “se forem garantidos superiormente os recursos humanos necessários ao bom funcionamento da urgência no Hospital Garcia de Orta, da ULSAS”.

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