20 Abril 2024, Sábado
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Autarcas de Almada defendem relocalização de pórtico da A33 no nó da Charneca da Caparica

Na audição feita na Assembleia da República os deputados municipais falaram também da necessidade de rever a questão das portagens na Ponte 25 de Abril

 

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Um grupo de deputados municipais de Almada, de todas as forças partidárias, defendeu hoje a relocalização do pórtico da Auto-estrada 33 (A33) no nó da Charneca da Caparica, para evitar que a população da localidade seja penalizada.

Os deputados municipais da comissão especializada permanente dos transportes e mobilidade da Assembleia Municipal de Almada apresentaram esta questão numa audição na Assembleia da República, em Lisboa.

Na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, o presidente da Junta de Freguesia da Charneca da Caparica, Pedro Matias, explicou que grande parte da população entra na localidade para evitar pagar portagem na A33, o que cria graves constrangimentos locais.

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O autarca eleito pelo PS considerou que é possível uma deslocalização de 600 metros do pórtico para permitir que a população da Charneca da Caparica, no concelho de Almada, e de Corroios, no concelho do Seixal, possam circular naquele trajeto sem o pagamento diário de uma portagem.

Pedro Matias adiantou que a sugestão foi já apresentada ao concessionário (AEBT- Auto-Estradas do Baixo Tejo), que “mostrou-se intransigente”.

Por isso, defendeu, o assunto terá de ser resolvido pelo Governo.

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Na audição, outros deputados municipais, nomeadamente de BE, Chega, PSD e CDS-PP, falaram também da necessidade de rever a questão das portagens na Ponte 25 de Abril para a população de Almada e de outros concelhos da margem sul, no distrito de Setúbal, não ser penalizada.

“Achamos que é um factor discriminatório para as empresas e populações. No Porto, por exemplo, existem oito travessias e nenhuma tem portagem. Somos da opinião que os almadenses não deviam pagar”, disse Nuno Mendes, deputado municipal do Chega.

Ainda relativamente ao pórtico da Charneca da Caparica, António Pedro Maco, deputado municipal do CDS-PP, considerou ser “mais uma taxa que não faz sentido” e, sobre a Ponte 25 de Abril, considerou tratar-se de uma sobrecarga para os habitantes da margem sul.

“O que o CDS entende é que se deve abrir uma discussão pública sobre esta matéria. Não vamos ao ponto de excluir totalmente o pagamento, mas que se possa abrir essa discussão pública para que os habitantes de Almada e da margem sul não sejam tão sobrecarregados”, disse.

Luís Palma (CDU), presidente da União de Freguesias do Laranjeiro e Feijó e da comissão permanente especializada da Assembleia Municipal de Almada, defendeu a abolição da totalidade das portagens na A33, por considerar que não foi construída para ter portagens, que são um entrave ao desenvolvimento local.

A ideia foi igualmente defendida pelo deputado do PCP Bruno Dias, que é também deputado municipal em Almada.

Segundo Bruno Dias, o que habitualmente se chama de A33 é desde o início a Circular Regional Interior da Península de Setúbal, estrutura semelhante a outras na zona de Lisboa que não têm portagens, como é o caso da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL), uma via rápida com perfil de auto-estrada que circunda a capital nos seus limites.

Paula Galvão, deputada municipal pelo PSD, chamou a atenção da comissão parlamentar para o facto de o assunto unir todos os partidos em Almada, considerando urgente resolver o problema.

O deputado do PSD Nuno Carvalho e o deputado do Chega Filipe Melo concordaram com a questão do nó da Charneca da Caparica (nó da Queimada), enquanto a deputada do BE Joana Mortágua (que é também vereadora sem pelouro na Câmara Municipal de Almada) alertou para a inexistência de uma rede de transportes públicos a funcionar em pleno, o que obriga as pessoas a levarem o carro para Lisboa.

“As pessoas não são obrigadas a ir de carro, mas para isso teria de haver investimento nos transportes públicos que estão hoje caóticos. As pessoas têm a vida mais complicada vivendo na margem sul, o que faz com que tenham um rendimento menor do que as que vivem em Lisboa e a Norte”, disse.

Pelo PAN, Inês Sousa Real considerou existir “há uma ausência clara de investimento, quer na ferrovia, quer na travessia fluvial, que está a prejudicar a qualidade de vida e a mobilidade”.

Já o deputado do PS Gil Costa reconheceu que a preocupação é legítima, mas alertou que é tema é delicado, já que todas as decisões têm de estar balizadas pelos contratos e termos de concessão do troço.

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