29 Março 2024, Sexta-feira
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Marchas populares voltam a iluminar Almada [com galeria de fotos]

Nove marchas foram a concurso na Cova da Piedade. Milhares assistiram a um cortejo repleto de animação

 

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As marchas voltaram à cidade de Almada. Após uma interrupção forçada pela pandemia, o certame regressou às ruas pela primeira vez desde 2019. O evento decorreu na noite desta quinta-feira, na Avenida António José Gomes, frente ao jardim da Cova da Piedade – uma mudança do seu habitual local de realização em Cacilhas.

Marcaram presença no desfile a presidente da Câmara Municipal, Inês de Medeiros, bem como vários vereadores. Estiveram ainda presentes os presidentes das juntas de freguesia do concelho.

Milhares de pessoas marcaram presença naquele que foi um cortejo cheio de cor, música e boa disposição. Um público animado e receptivo a festejar após mais de dois anos de pandemia ajudou a abrilhantar a festa. Os marchantes, por sua vez, puxaram pela multidão a todos os momentos com gritos de ordem e coreografias repletas de alusões às tradições locais.

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Foram nove as marchas a concurso este ano (menos três do que em 2019). O desfile começou por volta das 21h30, com as duas marchas infantis: a Marcha do Projecto AGE em REDE, coordenado pelo Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa de Caparica, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Almada; e a Marcha “Os Costinhas”, da Associação de Pesca Artesanal, Local e Costeira (ALA).

PIA II abriu concurso

O concurso propriamente dito teve início com a Marcha do Centro Comunitário do PIA II, tendo como base o tema “Cais do Ginjal: Memórias da Nossa Gente”. Seguiu-se a Marcha da Costa da Caparica com o tema “Lá Vai Ela, a Costa em Arraiais”.

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Os aguadeiros de outros tempos foram lembrados na Marcha do Beira Mar de Almada, apropriadamente intitulada de “É o Beira Mar, é o Beira Mar”. A Marcha Al-Madan relembrou as origens dos festejos populares de São João — origens essas que remontam ao século XVI — e tradições locais como o Baile da Chita na sua marcha, “Da Chita ao São João”.

A Marcha da Trafaria homenageou os bombeiros com o tema “Soldados da Paz da Trafaria” (num dos momentos que mais aplausos arrancou do público). Seguiu-se depois a marcha da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP). A “jogar em casa”, prestou homenagem à Romeira Velha e às suas afamadas vinhas, com o tema “Um Brinde ao São João”.

Os vinhos da região voltaram a ser lembrados pela Marcha do Pragal. Recordando o passado da localidade como um forte motor de produção vinícola nos séculos XVII e XVIII, a marcha levou a concurso o tema “Até ao Lavar dos Cestos é Vindima”.

Em penúltimo lugar marcharam os vencedores da última edição, a Charneca. Mais uma vez recorrendo ao passado e imaginário locais, apresentaram uma coreografia baseada na figura dos carvoeiros da Mata dos Medos e lavadeiras da Praia do Rei, com o tema “Ai Chega, Chega”.

O desfile terminou com a Marcha da Capa-Rica que, ligando a lenda da origem da Costa de Caparica à realidade vivida pelos emigrantes nos tempos modernos, apresentou o tema “Por Uma Capa Tão Rica”. Fotos Mário Romão®

Complexo dos Desportos Vencedores são conhecidos a 2 de Julho

Os marchantes irão voltar a actuar no próximo dia 2 (sábado), desta vez no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada. Serão então nessa data conhecidos os vencedores dos prémios. Além das distinções para 1.º, 2.º e 3.º prémios, serão ainda atribuídos o Prémio Avenida (referente ao melhor desfile no cortejo de dia 23), e prémios para a melhor cenografia, coreografia, figurino, musicalidade e letra.

A primeira marcha popular de que há registo no concelho remonta a 1946/47, tendo durante várias décadas sido organizada de forma esporádica. Desde finais da década de 1980 que as Marchas Populares de Almada são ocorrência regular, sendo hoje um acontecimento central durante o período de Santos Populares no concelho.

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