O alargamento do Suplemento de Penosidade e Insalubridade e progressão na carreira estão entre as reivindicações
Trabalhadores, dirigentes e activistas sindicais manifestam-se amanhã, às 8h00, em Alcochete, para exigir a “renegociação do Acordo Colectivo de Empregador Público”, e também “a maior abrangência do Suplemento de Penosidade e Insalubridade” (SPI), avança a dirigente regional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL).
A concentração, convocada pelo STAL, sindicato ligado à CGTP, inicia-se com um plenário nos estaleiros municipais, e depois segue para os Paços do Concelho com o objectivo de fazer chegar às mãos do presidente da Câmara Municipal, Fernando Pinto, um abaixo-assinado com as várias reivindicações dos trabalhadores.
Além da questão do SPI, que os trabalhadores e sindicado defendem que deve ser aplicado “mediante conteúdo funcional”, o leque de reivindicações passa ainda pela “aplicação anual da opção gestionária e valorização salarial”. “A Câmara de Alcochete optou por não aplicar a opção gestionária, o que prejudica os trabalhadores na progressão”, diz Patrícia Teixeira.
Outra questão que coloca é a falta de trabalhadores, e dá o exemplo do refeitório que “serve cerca de 300 refeições e só tem duas cozinheiras”, contabiliza a sindicalista. Problema maior é que “uma delas vai estar ausente por questões de saúde e apenas vai ficar uma cozinheira responsável por tantas refeições, o que é impossível”, comenta.
O documento do sindicato apela também para “melhores condições de trabalho”, denuncia existir “agravamento das condições de vida dos trabalhadores e da maioria da população”, aponta ainda o “aumento do custo de vida” e que “a escalada de preços se traduz na perda real e significativa de poder de compra dos trabalhadores e do povo”.
Pelas estimativa do STAL, “um cabaz de alimentos essenciais aumentou, entre o final de Fevereiro e o fim de Dezembro do ano passado, 18,26%”, e entretanto, estes aumentos “alastram sem que o Governo intervenha para a definição dos preços dos bens e serviços essenciais, favorecendo a especulação e contribuindo para a acumulação de lucros fabulosos e para a distribuição de dividendos, exibidas pelos grupos económicos do sector da grande distribuição”.
São argumentos para revindicar ao executivo municipal, através do abaixo-assinado que seja aumentada a “abrangência do SPI aos trabalhadores assistentes operacionais com funções de limpeza e manutenção das piscinas, de jardinagem, de manutenção, com funções de mecânico, de auxiliares de limpeza, com funções de canalizador de águas limpas para consumo, e encarregados operacionais”.
Pretendem ainda o “reconhecimento do nível elevado a todos os trabalhadores a que seja reconhecida a SPI” e, em terceiro lugar, exigem o “pagamento do SPI por conteúdo funcional e em todos os dias trabalhados.
Por último querem que seja “garantida da progressão dos trabalhadores e valorização remuneratória nomeadamente pela aplicação anual da opção gestionária, aplicada a todos os trabalhadores sem excepção”.