Presidente da Câmara Municipal de Alcochete confessou, a O SETUBALENSE, que começa a deixar de acreditar na Alsa Todi
A temática dos transportes rodoviários parece não ter um final, com os problemas a serem cada vez mais apontados pelos utentes. Fernando Pinto, presidente da Câmara Municipal de Alcochete, conversou em exclusivo a O SETUBALENSE, mostrando a sua revolta com a situação, mas garantindo que está do lado dos utilizadores e por eles irá “lutar de forma afincada”.
“Estou do lado dos utilizadores e irei, por eles, lutar de forma afincada para que esta situação seja ultrapassada no mais curto espaço de tempo. É aquilo que me compete fazer, é aquilo que me predisponho a fazer e é aquilo que tenho vindo a fazer desde o dia 1 de Junho”, referiu. O autarca explicou que os problemas que agora existem “são mais agudizados” face àquilo que já existiu no arranque da operação. “Estivemos desde o primeiro momento presentes a erguer a nossa voz, revoltados, frustrados e a exigir que seja cumprido o contracto que está previamente definido para que as condições de transporte sejam aquelas que nós projectamos para a área metropolitana de Lisboa”.
Quanto às melhorias que haviam sido prometidas pela operadora, o autarca afirmou que começa a deixar de acreditar naquilo que a Alsa Todi informa. “Não existiram melhorias, eu começo a não acreditar naquilo que a operadora nos vai informando. Desde o primeiro momento do lançamento desta operação que este executivo tem vindo a acompanhar de forma muito assertiva, sendo importante lembrar que esta competência é da área metropolitana de Lisboa, que criou os transportes metropolitanos. Esta empresa está com muitas dificuldades em contornar os problemas que são apresentados pela operadora, que enfim, nitidamente está em incumprimento absoluto em relação àquilo que está contratado”.
Por fim, Fernando Pinto mostrou-se sensibilizado com a população, uma vez que esta situação “mexe muito” com a vida das pessoas. “Neste momento estamos a aferir a aplicabilidade das coimas e sanções, que são muito pesadas, mas de facto temos consciência que isto está a mexer com a vida das pessoas e isso deixa-nos muito preocupados, sobretudo muito frustrados por um investimento grande que fizemos na melhoria dos transportes e em sede própria, quer com o operador, quer com a TML, temos vindo a erguer a nossa voz e exigir, fundamentalmente, que o contracto que está definido seja escrupulosamente cumprido. Garanto que se ele for, seguramente que as pessoas não vão ter faltas de transportes, como acontece actualmente”, concluiu.
