Autarca elege como fundamentais relações de proximidade, comprometimento e confiança com as populações
Fernando Pinto, presidente da Câmara Municipal de Alcochete, lembrou as conquistas de Abril e sublinhou aquele que considera ser o principal vector de orientação de quem governa: as pessoas. “A democracia alcançada permite o confronto de ideias e a diferença política, mas também é feita de momentos de compromisso, sobretudo, quando em causa está o bem-estar das nossas populações. Este é o azimute que nos deve sempre orientar: as pessoas”, disse ontem o autarca, durante a sua intervenção na sessão solene evocativa dos 45 anos da Revolução dos Cravos.
No discurso a que O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO teve acesso, o edil apontou o caminho a seguir: criar com as pessoas “uma relação de proximidade, comprometimento e confiança, derrubando os muros da incompreensão” e “impedindo discursos populistas” que “conduzam a situações similares às que Abril aboliu”.
Para o socialista há uma mensagem que deve ser passada às gerações mais jovens. “Somos Livres, não voltaremos atrás. Não voltaremos atrás porque continuaremos a caminhada para o desenvolvimento, para a plena integração europeia e para a alternância democrática. Esta é a mensagem que todos devemos transmitir às gerações futuras”, considerou, acrescentando: “A quem já nasceu num Portugal livre é necessário recordar de onde vimos, para que entendam, e tomem como seu, este legado de liberdade e esperança, para que o respeitem e cumpram.”
Citando parte do poema “Abril de Abril” de Manuel Alegre, o autarca vincou ainda que a Revolução de 1974 não é mais de uns do que de outros. “Importa que todos compreendam que a História não pertence a ninguém, é património nacional. A liberdade e a democracia são conquistas de todos e para todos, sem qualquer sombra de exclusividade. O 25 de abril é do Povo, é nosso”, atirou a concluir.