Autarca diz que vai continuar a exigir mitigações na saúde, segurança e educação
Depois da reunião com o primeiro-ministro, para negociar as condições de concretização do Aeroporto Complementar de Lisboa (ACL), Fernando Pinto, presidente da Câmara de Alcochete, esclareceu que têm havido interpretações distorcidas “que não correspondem integralmente à verdade” defendida pela autarquia no assunto “aeroporto”.
Tal como a localização do projecto, que nunca esteve em causa, uma vez que foi apresentada ao município como um “dado adquirido”. Em primeiro lugar esteve sim “o interesse do território e da população”.
Fernando Pinto aceita “a importância nacional do projecto” e por isso em Setembro formalizou um Caderno de Encargos, com o objectivo de “potenciar os aspectos positivos e mitigar os impactes negativos”. Mais tarde, e por solicitação da Agência Portuguesa do Ambiente, o município discutiu e votou o projecto em reunião de Câmara, e o mesmo foi “aprovado condicionalmente”.
Um análise que nunca colocou em causa a localização do aeroporto, apenas centrada nos contributos para o parecer do Projecto de Estudo de Impacte Ambiental e respectivas acessibilidades.
Ainda assim, no futuro, Fernando Pinto não rejeita a possibilidade de se pronunciar formalmente sobre a localização do aeroporto com a criação de condições para que os munícipes possam também “manifestar a sua vontade”.
Recorde-se que em Setembro, no âmbito do debate sobre as mitigações a ter em conta no âmbito do novo aeroporto, Fernando Pinto considerou fundamental o reforço de meios técnicos e humanos no hospital do Montijo e nas unidades de saúde familiar de Samouco e Alcochete. O autarca defende ainda a construção de um novo centro escolar e sugere que seja retomado o transporte fluvial para ligar Alcochete a Lisboa.
Fernando Pinto também defende mais meios técnicos e humanos para o posto da GNR de Alcochete e para a corporação dos Bombeiros Voluntários.