‘Pequenotes’ do Centro Escolar de São Francisco foram os autores da obra que perpetua a celebração dos 50 anos do 25 de Abril na vila
Em Alcochete as celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos começou a 20 de Abril e terminou a 28, tendo como principal marca duradoura a criação de uma bandeira de Portugal, feita propositadamente para esta data. Os autores desta obra foram as crianças alcochetanas, que a inauguraram no dia em que se celebrou o cinquentenário de Abril.
Durante muito tempo os alunos da Componente de Apoio à Família do Centro Escolar de São Francisco elaboraram uma bandeira portuguesa de raiz, numa iniciativa organizada pela Junta de Freguesia de São Francisco. Esta bandeira foi inaugurada no dia 25 de Abril, pelas 11 horas, sendo que a mesma foi feita a pedido específico da Junta de Freguesia de São Francisco, local onde a mesma está agora exposta.
Nas restantes comemorações em Alcochete, foi com os The Gift, febras, pão e vinho que a vila entrou na madrugada de 25 de Abril, e celebrou os 50 anos sobre o dia em que a liberdade entrou num Portugal que viveu 48 anos em ditadura. A banda que tem como vocalista Sónia Tavares, acompanhada por Nuno Gonçalves, John Gonçalves e Miguel Ribeiro, pisou o palco de São João por volta das 21 horas de 24 de Abril, para o concerto no Largo de São João. Já às 23 horas, para manter a tradição e também para matar a forme e a sede no mesmo espaço público da vila de Alcochete, a autarquia distribuiu febras, pão e vinho na entrada para o dia da Revolução dos Cravos.
Ainda a 24 de Abril, entre as seis da tarde e a meia-noite, o Largo do Coreto recebeu a Feirinha do 25 de Abril. Aos primeiros minutos de 25 de Abril, foram oferecidos cravos, numa iniciativa da Junta de Freguesia de Alcochete, que também organiza a Feirinha, que juntou várias colectividades da vila.
Foi às 10 horas do Dia da Liberdade, frente à sede da Junta de Freguesia do Samouco, que foi hasteada a Bandeira Nacional, e logo de seguida, no Largo de São João, Coophabital, Passil, Fonte da Senhora, São Francisco e Samouco proporcionaram a acção Manhãs Infantis, numa organização da Câmara Municipal de Alcochete, em conjunto com as freguesias de São Francisco e Samouco, assim como do movimento associativo. Enquanto isso, regressou ao Largo do Coreto a Feirinha do 25 de Abril, que neste dia esteve aberta até por volta das 19 horas.
Pelas 10h45, a Bandeira Nacional foi içada frente à sede da Junta de Freguesia de São Francisco, onde se ouviu a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898. Um quarto de hora depois, foi a vez da banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense dar um pequeno concerto no Samouco. Foi às 11h45 que se hasteou a Bandeira Nacional frente à sede da Junta de Freguesia de Alcochete, que contou com mais uma actuação da Sociedade Imparcial.
A bandeira portuguesa voltou a ser hasteada ao meio-dia, desta feita no edifício dos Paços do Concelho, onde foi possível escutar, uma vez mais, a banda da Sociedade Imparcial. Às 16 horas chegou aquele que estava previsto como sendo um dos momentos altos deste dia 25 de Abril, com a sessão solene da Assembleia Municipal a decorrer no Fórum Cultural de Alcochete. Este evento contou com os habituais discursos dos eleitos, existindo ainda espaço para a música e para uma pequena aula de história.
Foi pela voz de João Paulo Diniz, o homem que deu a ‘senha’ através da rádio aos militares, para o começo da revolução em Abril de 1974, que a população pode escutar um pouco da realidade vivida naquele dia.
Entre outras iniciativas no concelho, o mesmo espaço cultural recebeu, já no dia 27, a peça “Não foi isso que eles disseram”, uma representação apresentada pela Associação Gil Teatro.
Para encerrar as celebrações, no dia 28 de Abril, voltou a repetir-se a Feirinha do 25 de Abril e, às 14h30, o Largo do Coreto encheu-se de insufláveis para entreter as crianças alcochetanas.