26 Junho 2024, Quarta-feira

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Corporação dos Bombeiros de Alcochete reforçada com mais quatro viaturas operacionais

Corporação dos Bombeiros de Alcochete reforçada com mais quatro viaturas operacionais

Corporação dos Bombeiros de Alcochete reforçada com mais quatro viaturas operacionais

Financiamento aos bombeiros e entrega de condecorações estiveram no centro das comemorações dos 75 anos da corporação alcochetana

A capacidade operacional dos Bombeiros Voluntários de Alcochete foi reforçada com quatro novas viaturas. A entrega destes meios foi no passado domingo, durante a cerimónia dos 75 anos da Associação Humanitária da corporação, que decorreu no pavilhão desportivo da Escola EB 23 El Rei Dom Manuel I.

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Com fundos da Associação Humanitária, está operacional um novo veículo dedicado ao transporte ligeiro de doentes, pelo Grupo Libertas foi oferecida à corporação uma ambulância de socorro, com fundos da Associação e ajuda de angariação de fundos foi entregue um veículo ligeiro de combate a incêndios, e da parte da Câmara Municipal de Alcochete foi oferecido um veículo urbano de última geração para combate a incêndios.

“Temos uma frota renovada e adaptada às realidades do socorro actual”, disse durante a cerimónia o comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, Paulo Vieira, que fez notar que o investimento para o corpo de bombeiros “é investimento na própria segurança, património cultural e colectivo”. E, aproveitando a presença das entidades neste momento, entre elas o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, vincou que “os bombeiros têm de deixar de andar de mão estendida para conseguirem mais equipamentos de protecção pessoal e colectivo”.

Logo a seguir lembrava a José Luís Carneiro: “O último veículo que nos foi atribuído com o apoio do Estado Central foi em 2005, precisamos de apoios concretos baseados nas infra-estruturas que protegemos”. E sublinhou: “Precisamos de ter acesso aos fundos do PRR”.

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Depois da entrega de distinções honoríficas a pessoas singulares e colectivas por serviços relevantes e extraordinários prestados à associação, entre elas o presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, que recebeu o Colar de Dedicação e Altruísmo dos 75 anos, foram os próprios Bombeiros de Alcochete a receberem da Liga dos Bombeiros Portugueses o Crachá de Cidadania e Mérito que é atribuído às associações humanitárias nas Bodas de Diamante.

Por parte do ministro da Administração Interna, tiveram o estandarte condecorado com a Medalha de Mérito de Protecção e Socorro Grau Prata e Distintivo Azul, a qual é prova de reconhecimento pelo de percurso exemplar ao serviço da comunidade e socorro de populações com actuação caracterizada no heroísmo e abnegação para com o próximo.

Entretanto, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Alcochete, José Carlos Costa, dirigia-se ao ministro afirmando que “é urgente rever o protocolo com o INEM” uma vez que “tem de ser o INEM a suportar os custos operacionais das equipas totalmente constituídas por bombeiros profissionais das associações”. E sublinhava ser “difícil compreender que tenham de ser as associações de bombeiros a conseguir soluções financeiras para garantir a operacionalidade dos pontos de emergência médica e garantirem a emergência pré-hospitalar”.

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Parte da resposta veio do Brigadeiro-General Duarte Costa, presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, ao lembrar que o Estado Central “tem aumentado o investimento para as associações humanitárias”. E, no que se refere aos Bombeiros de Alcochete, “em 2015 o Estado Central transferiu, através da Autoridade de Protecção Civil, 110 mil euros, enquanto em 2022 essa transferência foi de 189 mil euros”, ou seja, “um crescimento de 80%”.

Quanto às corporações da Península de Setúbal, “em 2015 foram investidos 2 milhões e 500 mil euros”, sendo que “em 2022 esse valor foi duplicado para 4 milhões e 270 mil euros”, isto porque os bombeiros “deram o seu esforço além do financiamento permanente”.

Disse ainda que, para os bombeiros, existem “122 milhões de euros do fundo de coesão para todo o País, e muito para a parte rural” e frisou existir “dinheiro disponível para outros projectos”, caso estes sejam apresentados e assumidos pelas “autarquias, comunidades intermunicipais e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional”.

Antes da intervenção do ministro José Luís Carneiro, que focou o papel importante dos bombeiros no “sistema nacional de protecção civil”, o presidente da Câmara de Alcochete focou a constante presença da autarquia junto dos bombeiros do concelho e lembrou que durante os seis anos da sua governação municipal, “foram implementas duas Equipas de Intervenção Permanente”.

Lembrou ainda que a autarquia, nos últimos anos, “entregou aos bombeiros de Alcochete uma nova ambulância equipada com meios necessários ao socorro e uma cadeira eléctrica de evacuação”, isto além da viatura de combate a incêndios urbanos entregue no domingo.

Fernando Pinto não se esqueceu de elogiar as pessoas singulares, empresários e associações do concelho que têm ajuda o Bombeiros de Alcochete e acrescentou ser “fundamental que outros empresários e outras empresas sigam este percurso”.

A data de aniversário dos Bombeiros Voluntários de Alcochete é assinalada a 31 de Outubro, mas a comemoração foi no passado domingo, tendo como convidados, além do efectivo da corporação e familiares, o presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Fernando Pinto, presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Brigadeiro-General Duarte Costa, vice-Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Eduardo Correia, comandante Regional, Elísio Oliveira, vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, João Ludovico, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Alcochete, José Carlos Costa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, Paulo Vieira, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

 

José Luís Carneiro

“Em 2024 o financiamento para os bombeiros será de 120 milhões de euros” 

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que falava antes da demissão do primeiro-ministro, António Costa, e queda do Governo, estabeleceu o paralelo entre o Financiamento Permanente aos bombeiros do País em 2015 e o previsto para 2024, com base no Orçamento do Estado. “Em 2015 representava 23,7 milhões de euros, e em 2024 vai representar 32,6 milhões de euros, um aumento de 8,9 milhões de euros”.

Quanto à componente Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais, em 2015 representava 31,2 milhões de euros, em 2024 representará 54,5 milhões de euros, mais 23,2 milhões de euros”.

Para as Equipas de Intervenção Permanente, em 2015 o investimento foi de 4,4 milhões de euros, e em 2024 representará 32,2 milhões de euros, mais 27,7 milhões de euros”.

No conjunto do financiamento para 2024, disse o ministro que “será de 120 milhões de euros de financiamento da Administração Interna para as associações humanitárias”.

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