3 Julho 2024, Quarta-feira

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Bastonário dos Economistas defende que aeroporto em Alcochete serve estratégia nacional

Bastonário dos Economistas defende que aeroporto em Alcochete serve estratégia nacional

Bastonário dos Economistas defende que aeroporto em Alcochete serve estratégia nacional

António Mendonça diz que o cenário de Alcochete é o que parece mais de acordo com a visão de natureza estratégica defendida

O bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, defendeu que Alcochete é a localização para o novo aeroporto da região de Lisboa que serve os interesses estratégicos do País a longo prazo.

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O bastonário dos Economistas falava numa audição na Assembleia da República, requerida pelo PCP, tendo sublinhado que as ideias defendidas na quarta-feira de manhã não correspondem a uma posição institucional da Ordem, que ainda não estudou de forma aprofundada o tema do novo aeroporto.

“Um projecto desta natureza tem de ser pensado fundamentalmente em termos estratégicos”, apontou o antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre 2009 e 2011 (governo PS), acrescentando que deve ser alcançado consenso relativamente a uma “solução de longo prazo e que se enquadre nos objectivos estratégicos do País”.

Para o economista, “o cenário de Alcochete é o que parece mais de acordo com a visão de natureza estratégica” defendida.

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António Mendonça vincou que o investimento neste tipo de infra-estruturas tem de ser encarado no sentido da contribuição que podem dar para recuperar as dinâmicas de crescimento económico de que o País precisa, num local que potencie novas dinâmicas económicas, em termos nacional e local.

O bastonário da Ordem dos Economistas apontou que “tudo o que havia para estudar, está estudado”, relativamente à localização do novo aeroporto, frisando que o importante “é tomar uma decisão”, defendendo que os custos de uma “não-decisão” são “muito grandes”.

“Queria chamar atenção para o desperdício nacional que está associado a este tempo todo de indecisão e tudo aquilo que foi gasto, não foi propriamente cinco tostões”, referiu.

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António Mendonça defendeu também que o novo aeroporto deve ter em consideração os interesses da TAP, companhia aérea de base nacional, que já se manifestou contra a construção no Montijo e uma solução dual (Portela + 1).

Relativamente às dúvidas levantadas sobre a escolha do consórcio que junta a COBA – Consultores de Engenharia e Ambiente e a Ingeniería Y Economía Del Transporte (empresa pública espanhola) para a elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica, devido a eventuais conflitos de interesses estratégicos entre Portugal e Espanha, o bastonário lembrou que também há empresas portuguesas a participar em concursos internacionais, embora “possa existir a preocupação”.

Entretanto, o antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos, levantou dúvidas sobre a atracção de companhias aéreas para um futuro aeroporto de Lisboa no Montijo, deixando ainda críticas à Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).

O responsável, que foi ouvido em substituição do actual bastonário, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, sobre o concurso público para a Avaliação Ambiental Estratégica sobre a localização do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa, ironizou sobre a “luta pelos ‘slots’”.

“A easyJet não vai para o Montijo, já ganhou os ‘slots’ e ninguém lhos pode tirar desde que satisfaçam os objectivos. A Ryanair já disse que não ia. Então quem é que vai”, questionou.

Carlos Matias Ramos pediu várias vezes ao longo da audição que lhe “provem” que a solução que integra o Montijo é mais barata e rápida do que a do Campo de Tiro de Alcochete, que estudou quando liderava o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

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