Valor total da dívida e saldo de gerência diminuem. Volume de obra realizada alcança os 76,5%
A Câmara Municipal de Alcochete fechou 2024 com um resultado líquido negativo de 839.495,01€, uma recuperação de cerca de 77% face ao ano anterior. O orçamento do ano passado registou um decréscimo face a 2023, com uma saldo de execução de 80,72% na receita e de 76,5% na despesa, enquanto a execução das Grandes Opções do Plano atingiu os 57,85%. “Conseguimos manter o equilíbrio financeiro, mesmo com um resultado líquido negativo, mas registando um esforço enormíssimo face ao período homólogo”, referiu Fernando Pinto, presidente da Câmara Municipal de Alcochete.
O Relatório e Contas referente ao ano de 2024 foi aprovado por maioria, na reunião pública desta quarta-feira, com cinco votos do PS e uma abstenção da CDU. Para o autarca, os referidos documentos “revelam, uma vez mais, o compromisso da autarquia, quer com o rigor, quer com a transparência da actividade pública”.
No ano de 2024, o valor total da dívida ascendeu a 5.956.214 euros, o que representa um decréscimo de 8,13% em relação ao ano de 2023, sendo que o saldo de gerência do ano passado também registou um decréscimo de 43% face ao ano anterior, cifrando-se em 2.980.710 euros, o que se explica pela diminuição da receita e aumento da despesa.
No entender de Fernando Pinto, a combinação de investimento público, redução e controlo da dívida municipal e diminuição da carga fiscal sobre os munícipes é um “desafio de gestão que exige um equilíbrio cuidadoso entre receitas e despesas”.
Para o autarca, o Relatório de Gestão de 2024 reflecte o “compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade para com as gerações futuras”. Fernando Pinto destacou que Alcochete continua a ser “um referencial na área da coesão e inclusão social” e um concelho “preparado para ganhar os desafios da competitividade, da inovação e da modernidade, no quadro de um desenvolvimento sustentável”.
Na reunião pública, o autarca destacou a construção de imóveis de habitação social, no valor de 775.319 euros, a requalificação da rua do Aceiro, avaliada em 659.131 euros, a aquisição de hardware, que teve um custo de 230.151 euros, a renovação da rede de condutas de adução e distribuição local a partir dos reservatórios do Batel, por 220.303 euros, a requalificação do polidesportivo do Passil, com custo de 188.849 euros, o licenciamento de software (146.655 euros), a repavimentação e execução de estradas e arruamentos (129.190 euros), a aquisição de equipamento básico (103.849 euros) e aquisição de cartografia digitalizada do concelho (70.252 euros).
Quanto ao futuro, o autarca alcochetano realçou ainda que o Plano Estratégico do Arco Ribeirinho Sul, o novo Aeroporto Luís de Camões, a Estratégia Local de Habitação, o Plano de Recuperação e Resiliência português, o Plano de Integração das Comunidades Desfavorecidas, todo o Quadro Comunitário, nomeadamente o 2030, o Plano de Pormenor do Canto do Pinheiro, o Plano de Pormenor da Coutadinha, entre outros, serão “verdadeiras âncoras” que “impelem” a continuidade da autarquia em continuar a “investir nas pessoas”, com o objectivo de “aumentar a qualidade de vida para todos”.