Alcochete recorda vida e obra de Padre Cruz, sacerdote considerado santo

Alcochete recorda vida e obra de Padre Cruz, sacerdote considerado santo

Alcochete recorda vida e obra de Padre Cruz, sacerdote considerado santo

Projecto “único”, que começa este sábado, retrata uma das figuras emblemáticas e queridas entre os alcochetanos

A Galeria Municipal dos Paços do Concelho de Alcochete recebe, a partir deste sábado, a

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exposição Padre Cruz – 75 Anos Depois. Trata-se de um projecto considerado “único” que retrata uma das figuras emblemáticas e mais queridas entre os alcochetanos, e não só. Francisco

Rodrigues da Cruz, foi um sacerdote católico português, que alcançou uma enorme fama de santidade em vida ao ponto de ser conhecido popularmente como Santo Padre Cruz.

A mostra, promovida pela Câmara de Alcochete, dá a conhecer a vida e os feitos do homem da igreja, nascido a 29 de Julho de 1859, que morreu a 1 de Outubro de 1948, aos 89 anos, e a sua relação histórica com a vila.

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“As datas de início e fim desta mostra são simbólicas e nada foi deixado ao acaso”, explica a Câmara de Alcochete.

A exposição multimédia conta, de forma cronológica, “os principais momentos da vida de um homem acarinhado por fiéis, que ainda hoje, 75 anos após a sua morte, continuam a visitar o seu túmulo e a casa onde residiu nos últimos momentos de vida, como se de locais de culto se tratassem”, indica ainda a autarquia em nota de Imprensa.

Sobre o percurso da exposição, este traça uma viagem única com testemunhos de quem com o Padre Cruz privou. A mostra faz ainda recurso de filmes, documentários, fotografias, breviários, livros de orações e ainda objectos pessoais como o bilhete de identidade, a batina, a bengala, o chapéu, entre outras peças que tanto o caracterizavam.

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Cedido pela Vice-Postulação da Causa de Beatificação e Canonização do Padre Cruz e pela sua sobrinha bisneta, Maria da Graça Santinho, o vasto espólio que retrata a vida do sacerdote estará patente ao público até 27 de Outubro. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 18h00.

 

Deu a primeira comunhão a Lúcia, um dos três pastorinhos.

Francisco Rodrigues da Cruz, era o quarto de seis filhos, foi para Lisboa com nove anos para frequentar o Colégio Europeu, e posteriormente, a Mainense, o Instituto Industrial e o Liceu, onde estudou retórica, grego e filosofia.

Desde criança que sonhava ser sacerdote, o que concretizou em 1875 quando se matriculou na Faculdade de Teologia, em Coimbra. No último ano de curso juntou-se à Congregação Mariana e, terminada a formação foi para o Seminário de Santarém ensinar Filosofia, ofício que manteve até 1886.

Foi ordenado Sacerdote a 3 de Junho de 1882 e disse a primeira missa a 25 de Junho desse ano. Além do trabalho como director do Colégio dos Órfãos de S. Caetano e director espiritual do Seminário Menor de Farrobo, preparava visitas pastorais a diversas freguesias, sendo por essa razão, apelidado de “S. João Baptista Percursor”

Em 1913 deu a primeira comunhão a Lúcia, um dos três pastorinhos e, em 1917, reza o terço com eles os três, tornando-se uma das figuras essenciais para dar crédito às Aparições de Nossa Senhora, em Fátima.

Sempre teve o sonho de ingressar na Companhia de Jesus, voto que fizera em 1886. Aos 81 anos consegue cumprir esse sonho, por graça do Papa Pio XII.

Até quase à morte, a sua vida foi um contínuo peregrinar,  confessar, pregar, abençoar e consolar.

Alcochete, a sua terra natal, “era uma preocupação constante para o padre que além de apoiar as famílias necessitadas, procurou difundir a fé com confessores, pregadores e professoras que ensinaram a doutrina cristã às crianças, quando esse ensino estava interdito”.

Veio a morrer vítima de colapso cardíaco a 1 de Outubro de 1948, no palácio da família Caldas, em Lisboa. O seu funeral contou com a presença de autoridades eclesiásticas e civis, pessoas de todas as categorias sociais.

Actualmente, o corpo de Padre Cruz encontra-se no jazigo da Companhia de Jesus, no cemitério de Benfica. Considerado santo já em vida, a autoridade eclesiástica deu início, em 1951, ao processo de beatificação e canonização, entregue à Sagrada Congregação dos Ritos, em Roma, a 18 de Setembro de 1965. O processo aguarda aprovação.

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