Comércio, restauração e hotelaria vão beneficiar de nova solução de estacionamento, até para autocarros, diz Vítor Proença
A Câmara de Alcácer do Sal comprou um terreno de dez mil metros no lado sul do rio Sado para alargar o conceito de cidade de duas margens, revelou hoje o presidente da autarquia na reunião pública do executivo municipal.
Segundo Vítor Proença, a escritura pública de compra do terreno, por 60 mil euros, já foi feita, e o espaço vai ser transformado em estacionamento, incluindo de autocarros, de apoio à acessibilidade ao centro da cidade. O autarca apontou a criação de mais estacionamento como importante para a dinamização do comércio local, restauração e até hotelaria, uma vez que haverá melhores condições para “os autocarros que queiram vir a Alcácer”.
O terreno na margem sul, que já foi usado este ano para a Feira de Outubro, servirá também para acolher a próxima edição da Pimel, uma vez que o Parque de Feiras e Exposições estará em obras.
Na mesma reunião, foi abordada a falta de funcionários no Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal, que motivou recentemente uma pergunta do PCP no Parlamento ao Ministério da Educação. Questionado pela vereadora do Clarisse Campos (PS), o vereador Manuel Vítor de Jesus (CDU) informou que, ao abrigo do concurso lançado recentemente, o agrupamento de escolas poderá admitir cinco funcionários dentro de uma ou duas semanas, “se não houver reclamações” ao procedimento.
Manifesto gera polémica entre CDU e PS na reunião de Câmara
O manifesto que a Câmara Municipal propôs recentemente à Assembleia Municipal aprovar, para enviar ao Governo, gerou uma acesa polémica entre a maioria CDU e a oposição PS na reunião de hoje, com o executivo comunista “indignado” com um direito de resposta que Clarisse Campos publicou na comunicação social.
A vereadora diz que pretendeu explicar que o PS se ausentou na altura de votar o manifesto não por discordar das 10 medidas que a autarquia exige ao Governo, mas por tratar-se de matéria da competência da Assembleia e não da Câmara.
A CDU reiterou que a Câmara pode fazer propostas à Assembleia Municipal sobre as competências desta, e Vítor Proença concluiu que a posição da vereadora do PS tem duas justificações: “ou desconhece as competências da Câmara Municipal ou está a descartar e a atirar para a Assembleia Municipal”, disse, aludindo ao facto de a eleita ser do partido do Governo a quem o manifesto se destina.
O manifesto que a Câmara aprovou para submeter à Assembleia Municipal reivindica mais atenção e investimento da administração central no concelho, designadamente no reforço do abastecimento de água do Alqueva, desassoreamento do rio Sado, reabertura estação do comboio em Alcácer, e recuperação do estatuto do tribunal e da conservatória, além de mais médicos e meios para a GNR.