26 Junho 2024, Quarta-feira

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Jéssica Pina: quando o trompete e Madonna a mostram ao mundo

Jéssica Pina: quando o trompete e Madonna a mostram ao mundo

Jéssica Pina: quando o trompete e Madonna a mostram ao mundo

JP Moreira

Música foi primeiramente um hobby, mas rapidamente passou a ser a paixão da artista alcacerense

É já uma referência no mundo do jazz. É trompetista, compositora e cantora. Chama-se Jéssica Pina, nasceu e “formou-se” musicalmente em Alcácer do Sal. Uns anos mais tarde, Madonna, a rainha da pop, convidou-a para integrar a sua tournée Madame X World Tour.
Obviamente que o seu nome tinha que estar presente neste especial de aniversário de “O
Setubalense”.

“Nasci e fui criada em Alcácer e foi lá que comecei na música. Com 8 anos fui para uma
filarmónica (há lá duas), mas fui – digamos – como hobby de criança, sem qualquer objectivo de futuro ou de que ia fazer disso a minha vida.

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Fui aprendendo e com o desenrolar dos anos o hobby foi-se tornando uma paixão, tanto pela música e como pelo trompete e as pessoas à minha volta começaram a perceber que havia ali mais qualquer coisa, de que eu não me apercebia.” Assim se apresentava Jéssica, no início de 2022, numa conversa que então mantivemos.

Aos 18 anos foi altura de decidir o percurso a seguir e aí percebeu que a música era o caminho. “Sim e decidi começar o percurso a sério, profissionalmente, e fui estudar. Fiz a licenciatura de trompete jazz em Évora. Depois começaram a surgir alguns trabalhos, e em simultâneo vim fazer o mestrado para Lisboa, e como tinha de conciliar o trabalho que ia aparecendo, com o estudo, mudei-me para Lisboa”.

Entretanto, com o mestrado terminado Jéssica começou a tocar com outros artistas, mas já havia a ideia de um projecto em nome próprio. Surge assim o seu primeiro trabalho a solo – “Essência”– um álbum mais instrumental, que reflectia o caminho que tinha desenvolvido no tempo do mestrado.

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A integração nos meios musicais da capital leva a que Madonna, então a residir em Lisboa, a descubra e a convide para a digressão mundial que terminaria devido à pandemia, tendo sido cancelados três ou quatro concertos. Mas o impulso que tal privilégio e reconhecimento internacional que “trabalhar” com Madonna, lhe conferiu, daria grandes resultados.
Em 2022 fez o principal circuito dos Festivais de Jazz em Portugal – Matosinhos, Palmela,
Odemira, Tavira, Castelo Branco –, com destaque para o EDP Cool Jazz, em Cascais, onde já tinha estado 5 anos antes.

“O EDP surge naturalmente, já que faço parte da família EDP, porque toquei pela primeira vez em 2017, comecei num palco pequenino, ali a entrada. Foi aí que estreei o meu trio. Em 2018 voltei a tocar e no ano seguinte a mesma coisa. O EDP acabou por acompanhar este meu percurso e achou que fazia sentido fazer, digamos um upgrade e fazer a primeira parte do Lionel Richie, no palco principal e acho que vai enquadrar-se muito bem. Se calhar há pessoas que não conhecem o meu trabalho e vai ser muito bom. Acho que o estilo musical não difere muito e quem vai ver Lionel Richie, vai gostar do meu trabalho”, assim se referia – há um ano – Jéssica sobre a sua relação com o EDP Cool de Jazz.

Entretanto edita “Vento Novo”, um EP no qual assume os papéis de compositora, instrumentista e cantora.

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Ainda no ano passado estaria em tour europeia com o músico americano Mykki Blanco e já este ano retoma o circuito dos Festivais de Jazz, e marcará presença No Festival Sol da Caparica, em Agosto, depois de actuar em Santiago de Compostela.

Onde houver jazz estará seguramente Jéssica Pina porque o seu talento assim o justifica. O
futuro continuará a falar desta menina nascida em terras alcacerenses.

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