Investimento aumentou cerca de um milhão de euros e saldo do exercício foi positivo em 1,5 milhões
A Câmara de Alcácer do Sal aprovou ontem as contas de 2017, tendo registado uma receita total de 18,7 milhões para uma despesa global de 17,1 milhões, num resultado positivo de 1,5 milhões de euros.
A prestação de contas foi aprovada ontem, pelos votos da maioria CDU com a abstenção do PS, numa reunião de Câmara que decorreu em ambiente de grande concordância, com os eleitos de ambas as forças políticas a considerarem boa a situação financeira do município.
O PS, pela voz de Gabriel Geraldo, afirmou que “o documento é um espelho da gestão” do ano passado. “Não identificamos falhas”, afirmou o vereador socialista acrescentando que a “única discordância” entre os dois partidos são “as opções politicas”.
O presidente da autarquia elogiou até a apreciação “idónea” feita pela oposição e aproveitou para expressar agradecimento a todos os eleitos que integraram o executivo municipal no mandato que terminou em 2017.
Vítor Proença (CDU) destacou o aumento do investimento, em cerca de um milhão de euros, num ano em que as transferências recebidas do orçamento de Estado reduziram quase no mesmo montante.
“Aumentámos o investimento em contraciclo”, disse o autarca, e a CDU complementou depois essa ideia com uma declaração de voto onde destaca que algumas das obras realizadas em 2017, como é o caso da reparação da estrada de Casebres que custou 400 mil euros ao orçamento municipal, foram feitas sem comparticipação de fundos comunitários.
Sobre o aumento do investimento municipal, Gabriel Geraldo (PS) confirmou o aumento mas sublinhou que nos dois primeiros anos do mandato a despesa de investimento foi relativamente pequena.
A maior crítica da oposição passou pela despesa com pessoal, com o PS a dizer que nos últimos quatro anos houve um “aumento exponencial” da despesa com pessoal avençado.
O presidente da autarquia respondeu que o município precisou de reforçar-se em domínios que careciam de pessoas especializadas, sublinhou que foram contratadas “pessoas da terra”, do concelho, e garantiu que a despesa com pessoal está “controladíssima”. Relativamente a esta rubrica, Vítor Proença explicou ainda que montantes que antigamente apareciam como transferências para a ENSUAS – empresa municipal entretanto extinta – já serviam para pagar encargos dessa natureza e que só agora aparecem lançados como tal nas contas municipais.
Por parte da CDU falou também Ana Luísa soares que fez questão de agradecer ao técnicos e funcionários da Câmara Municipal pelo “trabalho de sapa” que permitiu a redução dos valores pagos de electricidade em 300 mil euros “sem afectar os serviços prestados à população”.
Segundo as contas aprovadas, a receita corrente foi de 14,8 milhões de euros (14,7 em 2016), a receita de capital de 1,36 milhões (1,30 em 2016), e as outras receitas de 2,5 milhões (1,9 em 2016).
Já a despesa corrente foi de 14 milhões (13,8 em 2016), e a despesa de capital 3,1 milhões (1,6 em 2016).
No final, tanto CDU como PS expressaram a ideia de que a situação financeira do município é sólida, e que essa realidade contraria o que muita gente dizia em Alcácer do Sal quanto à capacidade de gestão do novo executivo comunista e aos casos ou compromissos deixados pela herança socialista.
Municípios do Litoral Alentejano vão construir canil comum
Os cincos municípios da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, acordaram construir um canil e gatil intermunicipal, revelou ontem Vítor Proença, presidente da CIMAL.
Vítor Proença informou que os cinco autarcas concordam em construir o novo equipamento, cujo custo deverá ultrapassar os 500 mil euros, e que a localização escolhida é Santiago do Cacém, por ser mais central a todo o território envolvido.
O futuro canil vai servir para recolher e tratar não apenas cães e gatos mas também equídeos dos cinco concelhos.