30 Junho 2024, Domingo

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Alcácer do Sal revela mumificações mais antigas do que o Chile

Alcácer do Sal revela mumificações mais antigas do que o Chile

Alcácer do Sal revela mumificações mais antigas do que o Chile

Estudo evidencia no Sítio de Concheiros do vale do Sado práticas de mumificação até agora desconhecidas para períodos tão antigos

Até agora, as mais antigas mumificações intencionais de cadáveres haviam sido identificadas na região costeira do deserto de Atacama, no Chile. Mas um estudo realizado por arqueólogos do Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UNIARQ) e das universidades suecas de Uppsal e Linneaus aponta para uma época anterior e coloca Alcácer do Sal no centro das atenções.

O estudo foi publicado, no passado dia 3, no European Journal of Archaeology e revela a descoberta feita nos sítios arqueológicos de Concheiros do vale do Sado, datados de 8 mil anos. Com esta investigação, e pela primeira vez, “existe evidência de práticas de mumificação até agora desconhecidas para períodos desta antiguidade”, afirma Rita Peyroteo-Stjerna, uma das coordenadoras do estudo e investigadora da UNIARQ e da Universidade de Uppsala, citada num comunicado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).

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“Os dados agora revelados ressaltam a relevância dos locais de enterramento já durante a pré-história. A importância de se manter o cadáver preservado até que fosse possível o sepultamento torna-se também evidente, atribuindo-se desta forma significado ao corpo e ao local de sepultamento no Portugal Mesolítico há 8 mil anos”, lê-se na mesma nota. Ainda de acordo com a FLUL, “os investigadores descobriram que, em pelo menos dois casos analisados em Arapouco e Poças de S. Bento, os cadáveres foram enterrados em estado dissecado e mumificado”. O estudo veio assim abrir “novas linhas de investigação” sobre estas práticas.

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