Eleições na Distrital centrista marcadas para 29 de Fevereiro. Presidente da Distrital do CDS, João Viegas diz aguardar com “expectativa” indicações sobre qual a linha de orientação do partido
Dos 59 membros da Comissão Política Nacional do CDS PP, eleita no congresso de Aveiro, três deles são do distrito de Setúbal. Mereceram assim a confiança do novo líder, Francisco Rodrigues dos Santos, a presidente da Concelhia de Almada, Sara Machado Gomes, o presidente da Concelhia de Montijo, João Merino Moura, e Hélder Rodrigues, presidente da Juventude Centrista do Barreiro.
Ainda com forte relação com o distrito, pelo círculo eleitoral, Nuno Magalhães, ex-líder parlamentar do partido, tem assento na Comissão Nacional por via da lista de João Almeida, nome que apoiou para a presidência do CDS PP neste que foi o 28.º congresso dos centristas.
Também a Comissão de Jurisdição vai ter um representante do distrito, mais concretamente de Palmela, que é a advogada Linda Oliveira.
Entretanto o presidente da Distrital de Setúbal, João Viegas, que apoiou João Almeida, que recolheu o segundo maior número de votos na reunião magna de Aveiro, diz aguardar com “expectativa” indicações sobre qual a linha de orientação do partido.
Na sua opinião, João Almeida “recolhia as características fundamentais para o actual momento do partido”, até por ser um homem de “direita popular”, linha política onde João Viegas se sente confortável.
O mesmo não se pode dizer do perfil político que Francisco Rodrigues dos Santos parece querer dar ao partido. Durante o congresso, vários comentadores posicionaram o novo líder não num CDS PP de centro direita, como tem sido a linha do partido, mas mais à direita, quase colado ao Chega.
Esta uma ideia que desagrada francamente a João Viegas. “Espero que o partido não derive para a extrema direita. Acredito que isso não irá acontecer, porque os nossos eleitos têm um trabalho firme em prol do país”.
Com mudanças na direcção do partido, João Viegas divide atenções com as eleições para a distrital, previstas para 29 de Fevereiro. Eleições que já estavam marcadas antes da realização do congresso, que vão permitir “clarificar este novo ciclo do partido”, comenta Viegas que aponta os próximos tempos como cruciais para a decisão das autárquicas do próximo ano. “Vão ser quase dois anos muito difíceis”, afirma.
A par da Distrital, vão também a votos, no mesmo dia, cinco das 12 concelhias que o CDS PP tem no distrito; será Palmela, Alcácer do Sal, Moita, Seixal e Barreiro.
