18 Abril 2024, Quinta-feira
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Misericórdia do Seixal procura respostas e equipamentos para reforçar trabalho social

Para o presidente da Câmara o Poder Central não está a cumprir com a sua missão. O autarca falava na tomada de posse dos novos órgãos da social e histórica Misericórdia do Seixal

 

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“Temos transformado e colocado o Seixal nos mais altos patamares do desenvolvimento. Nos momentos mais críticos, o que nos tem faltado é o apoio do Poder Central, que não cumpre como devia a sua missão”, declarou Joaquim Santos, presidente da Câmara, durante o momento protocolar da tomada de posse dos corpos sociais da Santa Casa da Misericórdia do Seixal, para o quadriénio 2020 – 2023, que se realizou na sede da instituição.

A isto acrescentou que “os eleitos da Câmara Municipal são a voz reivindicativa das populações, dos mais fracos, dos mais indefesos”, perante os poderes instituídos.

Eleitos como voz reivindicativa das populações

Depois de arrolar as várias lutas da autarquia e da população por equipamentos sociais, lutas ganhas e perdidas contra a Administração Central, a quem verdadeiramente compete a construção e exploração dos mesmos, Joaquim Santos anunciou que a Câmara tem em cima da mesa “vários projectos, como o das creches sociais, para assim dar respostas às necessidades das populações, num espírito de parceria e reconhecimento”. “Todos juntos, conseguimos. Que ninguém fique para trás!”, foi o apelo do autarca.

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Joaquim Santos falava perante os corpos gerentes cessantes e os que entraram agora em funções, autarcas e população, provedores de outras irmandades, bem como por Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias que viajou do Porto para participar na cerimónia. Também marcou presença o professor Carlos Ribeiro, um nome grande do concelho, hoje com 93 anos, que ainda lecciona na Universidade Sénior do Seixal.

Manuel Lemos frisou a “luta incansável, pelo bem dos outros, movida pelas misericórdias do país”. Por vezes, sublinhou, “sabemos que é pouco, mas temos consciência de que temos de fazer. É um apelo que nos vem de dentro, uma tradição de quem está habituado a olhar para o copo meio cheio”.

Rede a bem das pessoas

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O orador chamou também a atenção para o problema, quase despercebido, das doenças neuro-degenerativas e disse estar confiante de que o seu amigo Edison Dias, “senhor de uma perseverança inabalável”, conseguirá, com os habituais parceiros, “tornar realidade a Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia do Seixal”. E a concluir, afirmava que foi montada uma “rede capilar para trabalhar a bem das pessoas e conhecê-las, o que, dia-a-dia, faz de nós trabalhadores mais competentes”.

Por seu turno, Edison Dias, que tomou posse como provedor, o que vem acontecendo há mais de quatro décadas, salientou que o trabalho das misericórdias é “feito com dignidade e respeito pelas pessoas”.

Procura de novas respostas

A nossa actividade, realçou o provedor, “está pontilhada de momentos tristes e de felicidade”, que não esmorecem o “orgulho de nos dedicarmos de corpo e alma à causa pública e social, muitas vezes em prejuízo das nossas vidas particulares”.

Segundo Edison Dias, a instituição procura constantemente “novas respostas e novos equipamentos, colmatando falhas do sistema público”, enfim, “somos uma comunidade que trabalha para a comunidade”. Lembrou que era ali, na Misericórdia do Seixal, “o único local da região onde se faziam pequenas cirurgias” e que “não há um representante das várias gerações que não conheça a Misericórdia do Seixal pelos serviços que presta à população”.

Não será uma rectaguarda do HGO

Referindo-se ao projecto da Unidade de Cuidados Continuados que “oferecerá vários serviços interligados”, afirmou acreditar que será uma realidade, mas não para funcionar como rectaguarda do Hospital Garcia de Orta, em Alkmada. “A grande resposta dessa futura unidade terá que ser no domicílio”, anunciou, dizendo acreditar “numa Misericórdia mais activa, com mais respostas clínico-sociais”. Tudo isto tendo sempre em vista o lema da instituição: “Pela cultura cortaremos as amarras do ciclo infernal da pobreza!”

Corália Loureiro, que foi durante muitos anos vereadora, assumiu agora a presidência da Assembleia Geral da instituição humanitária. Visivelmente emocionada, confessou-se orgulhosa do cargo para que vai desempenhar e prometeu cimentar a “amizade e entreajuda”, tudo fazer para “elevar o bem-estar e a qualidade de vida da população”.

Unidade de Cuidados aguarda verba do Estado

A construção de uma unidade de cuidados intensivos é novo sonho dos dirigentes da Misericórdia do Seixal. Já existe projecto, e também um terreno bem localizado posto à disposição pela Câmara do Seixal. Espera-se, agora, que o Orçamento do Estado inscreva verba para a obra para a construção, e com menos atribulações que o prometido hospital no Seixal.,

Corpos Sociais para o quadriénio 2020-2023

Assembleia Geral
Corália Loureiro
Cláudia Brites
Raúl Machado

Mesa Administrativa
Edison Dias
Manuel Guerreiro
Teresa Nunes
João Painço
Anabela Soares

Conselho Fiscal
Ângelo Gaspar
José Mateus Pedro
Fernando Cardoso

Por José Augusto

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