19 Abril 2024, Sexta-feira
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Civis contra aeroporto do Montijo dizem que não avançou Alcochete porque ANA “não quis”

“O Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete só não avançou porque, na sequência da privatização da ANA Aeroportos, a concessionária não quis e porque o Governo aceitou essa posição em vez de defender os interesses do país”, disse a Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não!

 

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A plataforma cívica contra o aeroporto no Montijo acusou esta quarta-feira o ministro das Infra-estruturas de “distorcer factos” e afirmou que a localização em Alcochete foi a “única decisão” tomada, mas não avançou porque a ANA Aeroportos “não quis”.

“O Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete só não avançou porque, na sequência da privatização da ANA Aeroportos, a concessionária não quis e porque o Governo aceitou essa posição em vez de defender os interesses do país”, considerou a Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não!, em comunicado.

O movimento referia-se às declarações do ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, feitas na segunda-feira em comissão parlamentar.

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O governante referiu que Portugal não tem “tempo e direito para continuar a estudar outras localizações” para o novo aeroporto, considerando que a Base Aérea n.º 6, entre o Montijo e Alcochete, no distrito de Setúbal, é a melhor solução.

“Mandariam o rigor e as responsabilidades que o senhor ministro tem que tivesse o cuidado de não distorcer os factos em benefício de uma interpretação, ainda que legítima, dos factos”, frisou.

Segundo a plataforma, “em rigor histórico e factual”, a escolha do Campo de Tiro de Alcochete (em grande parte localizado no concelho vizinho de Benavente, no distrito de Santarém) para a construção do novo aeroporto foi a “única decisão tomada até hoje e precedida de uma verdadeira e independente Avaliação Ambiental Estratégica”.

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Além disso, afirmou que, até hoje, a única Declaração de Impacte Ambiental (DIA) “decidida e aprovada” é a do Campo de Tiro de Alcochete, que se encontra em vigor até ao próximo dia 09 de Dezembro de 2020.

“Não entendemos como é que se justifica que as fontes de financiamento que supostamente vão suportar os custos das obras no Aeroporto Humberto Delgado e na construção do terminal aeroportuário do Montijo não podiam ser alocados à construção do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete”, referiu.

Ainda assim, na visão da plataforma, só há uma justificação: a VINCI (grupo francês concessionário dos aeroportos portugueses via aquisição da ANA) pretende manter o Aeroporto Humberto Delgado até ao final da concessão (2062) com consequências evidentes na competitividade do aeroporto face ao de Madrid”.

De acordo com o ministro das Infra-estruturas, não se tem “o direito de continuar a adiar o desenvolvimento do país”, que já está “a perder dezenas de milhões de euros, centenas todos os dias, porque o aeroporto de Lisboa não pode receber a quantidade de voos que procuram todos os dias” aquela infra-estrutura.

Contudo, na visão do movimento cívico, esta é uma narrativa que, apesar de ser “repetida muitas vezes, não passa a ser verdade só porque tal convém”.

Em 08 de Janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o actual aeroporto de Lisboa (aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.

No dia 30 de Outubro, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu a proposta de DIA relativa ao aeroporto do Montijo e respectivas acessibilidades, tendo a decisão sido “favorável condicionada”.

A decisão final sobre este conhecimento deverá ser conhecida no próximo dia 21 de Janeiro.

Lusa

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